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Estado de Minas

Centro de ci�ncias rurais da UFSM perdeu 64 alunos com a trag�dia

N�mero � mais da metade dos 113 alunos da institui��o


postado em 30/01/2013 20:03 / atualizado em 30/01/2013 20:20

O Centro de Ci�ncias Rurais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) n�o ser� o mesmo quando a institui��o retomar as aulas na semana que vem. O alegre burburinho dos corredores do pr�dio 42, localizado em �rea verde a dez quil�metros do centro da cidade, concentrar� o ar de perplexidade, dor e consterna��o que se alastrou pelo Pa�s nos �ltimos dias. Os estudantes e professores ter�o de conviver com o vazio provocado pela aus�ncia de 64 colegas, mais da metade dos 113 alunos da institui��o federal que morreram durante o inc�ndio.

Em todos os cursos, as turmas que mais sofreram foram as do segundo semestre, que perderam dez acad�micos na Agronomia, nove na Tecnologia de Alimentos e cinco na Medicina Veterin�ria. H� uma triste l�gica na propor��o porque eram turmas do segundo semestre de v�rios cursos que haviam feito um acordo com a boate para ficar com parte da arrecada��o dos ingressos que vendessem antecipadamente a colegas e convidados para a festa que denominaram "Agromera��o". A pr�tica tem o objetivo de arrecadar fundos para a formatura das turmas e � tradicional em Santa Maria.

Se considerados os totais por curso, incluindo-se todos os semestres, Agronomia perdeu 26 pessoas, Medicina Veterin�ria e Tecnologia de Alimentos 15 cada, Zootecnia cinco, Engenharia Florestal dois e Mestrado em Agronomia um. A dor tamb�m espalhou-se pot todo o Rio Grande do Sul porque os cursos s�o muito procurados por estudantes de regi�es de produ��o agropecu�ria, um setor que puxa a economia ga�cha. "N�o h� como descrever a sensa��o que estamos sentido", diz Guinter Jacobi, 25 anos, de Bento Gon�alves, estudante do sexto semestre de Agronomia, que perdeu o amigo Leonardo Karsburg, de Uruguaiana, e voltou do litoral depois da trag�dia. "� triste pensar que muitos dos nossos conhecidos n�o realizar�o um sonho comum a todos n�s, que era o da formatura".

Alessandra Bridi, 21 anos, acad�mica do sexto semestre de Veterin�ria, chamou a fam�lia de Vista Alegre para ter companhia para suportar esta semana. "Se eu fosse para a minha cidade acho que ia ficar louca", afirma. "Ir para casa ficaria complicado", complementa Rafael De Bem, 22 anos, do quarto semestre do mesmo curso, e natural de Palmeira das Miss�es. "Aqui estamos com amigos que sofreram a mesma dor e ficamos consolando uns aos outros".

Apesar da repercuss�o mundial, os estudantes repetem que "a ficha ainda n�o caiu", revelando o per�odo de perplexidade p�s-trag�dia. "N�o d� para acreditar que foi aqui, com a gente", revela Rafael Beck, 20 anos, tamb�m do quarto semestre de Veterin�ria e morador de Santa Maria. "Parece que eles (as v�timas) foram para casa e voltar�o de um per�odo de f�rias nos pr�ximos dias". Al�m de se solidarizar com "a galera", o professor de Nutri��o Animal, Leonir Pasqual, 51 anos, lembra dos pais. "Os alunos v�o sobreviver com traumas", prev�, lembrando que, para os pais n�o h� dor maior do que enterrar um filho.


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