O Minist�rio P�blico Estadual vai ouvir funcion�rios da prefeitura e do Corpo dos Bombeiros que concederam as licen�as para a boate Kiss. O alvar� de preven��o contra inc�ndios foi concedido no dia 11 de agosto de 2011 e venceu um ano depois. Em outubro, a boate pagou taxa solicitando nova vistoria, para dar validade ao alvar�, o que n�o havia ocorrido at� o dia do inc�ndio.
O alvar� sanit�rio, concedido pela prefeitura, estava vencido desde o dia 31 de mar�o. J� o alvar� de funcionamento, concedido no dia 4 de outubro de 2010, � expedido uma �nica vez, mas precisa de vistorias anuais para seguir v�lido. A prefeitura de Santa Maria e os donos da boate n�o divulgaram at� agora os relat�rios dessas vistorias - o governo diz que elas ocorreram, mas n�o tem documentos que comprovem a fiscaliza��o.
O advogado da casa noturna, Jader Marques, disse que o Corpo de Bombeiros demorou para avaliar reformas no im�vel, feitas pelo s�cio-propriet�rio Alessandro Spohr. “Ele fez as reformas � espera da vistoria do Corpo de Bombeiros. Se os bombeiros tivessem ido na casa eles poderiam ter visto que a espuma estava l� no teto e poderiam ter indicado para retir�-la”, justifica o advogado.
Resgate
Al�m disso, Marques disse que houve falhas no atendimento � ocorr�ncia. O advogado afirmou que as equipes “n�o tinham equipamentos adequados nem treinamento”. “N�o tinham m�scaras para entrar na boate e salvar as pessoas da fuma�a t�xica e ficaram pedindo ajuda para civis na rua”, apontou o advogado.
Na quarta-feira (30), a Brigada Militar anunciou que abriu um inqu�rito policial para determinar se os procedimentos dos bombeiros foram corretos antes e durante o inc�ndio na boate Kiss e qual a responsabilidade da corpora��o. Al�m disso, foi criada uma comiss�o t�cnica de investiga��o que vai fazer um estudo para aprimorar as atividades de preven��o de inc�ndio.
Segundo comandante-geral da Brigada Militar, coronel S�rgio Roberto de Abreu, “as medidas j� est�o sendo tomadas para apurar as causas do inc�ndio na casa noturna, n�o ser� descartada nenhuma hip�tese”.