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Estado de Minas

Depois de nove anos, Gil Rugai vai a j�ri popular em S�o Paulo


postado em 14/02/2013 09:16 / atualizado em 14/02/2013 11:42

O jovem é acusado de matar o pai e a madastra com tiros nas costas(foto: RODRIGO COCA/FOTO ARENA/AE)
O jovem � acusado de matar o pai e a madastra com tiros nas costas (foto: RODRIGO COCA/FOTO ARENA/AE)
Nove anos ap�s ser acusado de matar o pai e a madrasta, Gil Rugai, de 29 anos, sentar� no banco dos r�us. O j�ri deve come�ar na pr�xima segunda-feira e s� ser� adiado caso uma das cincos testemunhas de acusa��o n�o compare�a ao julgamento. A defesa promete apresentar aos jurados um novo conjunto de provas que tira o suspeito da cena do crime, na qual Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e Alessandra de F�tima Trotino, de 33, foram assassinados a tiros.

Com base em comprovantes telef�nicos inclu�dos no processo na v�spera do carnaval, os advogados Thiago Gomes Anast�cio e Marcelo Feller afirmam que Gil estava em seu escrit�rio, a 4,5 quil�metros do local do crime, na hora em que o pai foi alvejado por cinco disparos e a madrasta, por seis. Ambas as v�timas foram atingidas pelas costas na casa onde moravam em Perdizes, na zona oeste de S�o Paulo.

O caso ocorreu em 28 de mar�o de 2004. A acusa��o afirma que se trata de “bravata da defesa” e vai mostrar que Gil matou o pai e a madrasta. Segundo o promotor Rog�rio Zagallo, o estudante de Teologia que sonhava em ser padre praticou o crime por dinheiro.

O Minist�rio P�blico Estadual sustenta que, dias antes de morrer Luiz Carlos havia descoberto que o filho tinha desviado R$ 150 mil de sua produtora. Depois de uma reuni�o a portas fechadas, ele rompeu com Gil e determinou a troca das fechaduras da casa e a instala��o de c�meras de v�deo no local para prote��o da fam�lia.

Para Zagallo, o estudante premeditou o duplo homic�dio. Fez curso de tiro, pesquisou armas e impediu qualquer tipo de rea��o do casal. “Ele tinha uma (pistola) 380, arma usada no crime, como testemunhou seu s�cio. O professor da academia onde Gil fazia jiu-j�tsu disse que ele tinha condi��es f�sicas de arrombar a porta onde o pai se escondia”, afirmou o promotor.

O perfil “frio, calculista e quase psicopata do suspeito” ser� desmontado, segundo assegura a defesa, durante o julgamento. O jovem ser� apresentado como uma pessoa religiosa, apegada ao “papai e a Lel�” e inteligente a ponto de n�o planejar um crime com tantos buracos - a pol�cia diz, por exemplo, que ele descartou a arma do crime na caixa de esgoto do pr�dio onde mantinha seu escrit�rio, em Pinheiros. “Com a imprensa, os policiais constru�ram a imagem de um monstro, que n�o condiz com a personalidade de Gil Rugai”, afirma Anast�cio.

Zagallo diz que o estudante � um psicopata e amea�ou testemunhas como o s�cio que ele tinha na produtora. “Isso ocorreu depois que ele dep�s contando que Gil tinha uma arma.”

Liga��es

Mas a prova incontest�vel da inoc�ncia de Gil, segundo a defesa, estaria em duas rela��es de registros telef�nicos. A primeira lista revelaria que um dos vizinhos do casal ligou para o vigia da rua duas vezes na noite do crime. Em ambos os casos, para relatar supostos barulhos de tiro. Os contatos ocorreram entre 21h54 e 22h13, per�odo no qual a defesa sustenta que aconteceram os disparos. A segunda rela��o, com os registros do telefone fixo do escrit�rio de Gil, comprovaria que ele estava l� no momento dos disparos. No documento, consta uma liga��o dele �s 22h14 para uma amiga.

Conforme Zagallo, as liga��es feitas pelas testemunhas para os vigias ocorreram depois que as duas s�ries de disparos foram feitas. Nesses dois hor�rios, segundo relatou a testemunha ao Minist�rio P�blico, os dois j� haviam sido assassinados. “As mortes ocorreram antes das 21h30. Deu tempo para ele chegar ao escrit�rio minutos depois e fazer a liga��o”, sustenta.

Para Anast�cio e Feller, no entanto, as provas do hor�rio das liga��es s�o suficientemente fortes para anular a tese da acusa��o. Mas os advogados ainda apostam na “superficialidade dos ind�cios” apresentados pela pol�cia e pelo MPE. Eles citam, por exemplo, que a marca de p� constatada pela per�cia na porta da sala onde estava Luiz Carlos momentos antes da morte n�o � de Gil.

O promotor, no entanto, vai chamar os peritos para depor explicando por que as marcas dos p�s s�o suficientes para comprovar a autoria do crime por Gil. “A gente pediu todos os pares de sapato que o Gil Rugai tinha. Depois, conseguimos encontrar o sapato que ele usava e confrontar as marcas da sola com as da porta”, afirma o delegado Rodolfo Chiarelli J�nior, que coordenou as investiga��es policiais pelo Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP).


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