
Manifestantes que acompanhavam, do lado de fora, a sa�da de ind�genas do pr�dio do antigo Museu do �ndio ocuparam a Avenida Radial Oeste, uma das principais e mais movimentadas da cidade do Rio, que passa ao lado do museu. Todos os �ndios sa�ram pacificamente e o im�vel est� vazio.
O Batalh�o de Choque da Pol�cia Militar usa bombas de g�s lacrimog�neo, spray de pimenta e balas de borracha para conter os manifestantes, que fizeram uma corrente humana no meio da pista. Eles est�o sendo retirados � for�a. Jornalistas tamb�m foram atingidos e o clima � de confus�o
O defensor p�blico da Uni�o, Daniel Macedo, que vinha negociando a sa�da pac�fica dos �ndios, se emocionou. Ele disse que vai ajuizar a��o por abuso de autoridade contra quem autorizou a entrada da pol�cia. "A a��o � arbitr�ria. N�o precisava, as crian�as j� tinham sido retiradas, e tinha apenas um pequeno grupo l� dentro, quando o choque entrou", disse o deputado estadual Marcelo Freixo.
O pr�dio estava cercado desde �s 3h por policiais do Batalh�o de Choque. Por ordem da Justi�a Federal, o im�vel deveria ser desocupado ainda hoje (22), a pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, que deseja reformar o local para receber o Museu Ol�mpico.
Constru�do no s�culo 19, o pr�dio abrigou o Servi�o de Prote��o ao �ndio, comandado pelo Marechal Candido Rondon. J� como museu, o local teve entre seus diretores o antrop�logo Darcy Ribeiro.