Rio, 24 - Terminou em impasse audi�ncia de concilia��o realizada pela Justi�a Federal para tentar resolver a situa��o de 21 �ndios que ocuparam na noite de s�bado o Museu do �ndio, em Botafogo, na zona sul do Rio. O objetivo era conseguir um alojamento para o grupo e o representante da Funda��o Nacional do �ndio (Funai) ofereceu quatro di�rias em um albergue na Gl�ria, zona sul. N�o houve acordo e os �ndios deixaram o pr�dio.
Intimada pelo juiz, a presid�ncia da Funai enviou de Bras�lia o ouvidor da entidade, Paulo Celso de Oliveira. Tamb�m intimado, o governo do Estado n�o mandou representantes. � tarde, o juiz determinou uma inspe��o em pr�dio desativado do Minist�rio da Agricultura que fica ao lado do antigo Museu do �ndio, no Maracan�, que o governo amea�ou demolir e agora pretende transformar em Museu Ol�mpico. No entanto, verificou-se que o local, transformado em canteiro de obras para a reforma do est�dio do Maracan�, n�o oferecia condi��es para abrigar o grupo.
Os 21 �ndios recusaram a solu��o apresentada pela secretaria de Direitos Humanos do Estado: passar as noites de sexta e s�bado em um hotel da prefeitura que recebe moradores de rua, no centro, e seguir hoje para um terreno que abrigou uma col�nia de portadores de hansen�ase, em Jacarepagu�, na zona oeste, onde ficariam provisoriamente alojados em cont�ineres. Outro grupo de 12 �ndios aceitou a proposta do governo e seguiu hoje para l�.
"N�o queremos abrigo. Se n�o voltarmos para a Aldeia Maracan�, a solu��o � o Museu do �ndio, que � nossa casa tamb�m", disse Urutau Guajajara, de 52 anos, que estava desde 2006 na Aldeia Maracan�. Durante a audi�ncia, �ndios criticaram a postura de Oliveira. "A Funai n�o nos representa! S�o 513 anos de persegui��o contra a cultura ind�gena!"