O Minist�rio P�blico do Paran� protocolou no final da tarde desta segunda-feira na 2ª Vara do Tribunal de J�ri o recurso que pede uma nova pris�o da m�dica e ex-chefe da UTI Geral do Hospital Evang�lico, em Curitiba, Virg�nia Soares de Souza, 56, libertada no �ltimo dia 20, ap�s ficar detida por um m�s no Centro de Triagem I, na capital paranaense. A defesa ter� dois dias para apresentar sua posi��o antes do julgamento do recurso.
Al�m dos sete �bitos relatados no inqu�rito, outras 21 mortes est�o sendo investigadas e h�, na opini�o do MP, ind�cios de participa��es do grupo nessas mortes. Um grupo de auditores ligado ao Minist�rio da Sa�de analisa 1.730 prontu�rios desse per�odo (2006-2013) e acredita que o n�mero de mortes pode ser maior.
Segundo o promotor Paulo Lima, a medida foi tomada pelas circunst�ncias do processo. "A m�dica Virg�nia tem uma certa influ�ncia e as pessoas se sentem constrangidas, al�m do que se acusa que havia uma quadrilha na UTI, em a��es que n�o se explicam pelos prontu�rios", diz.
Segundo o advogado de defesa Elias Mattar Assad, "ela est� em casa, reclusa, e a meu pedido n�o tem sa�do para nada, nem para ir ao supermercado. Ela n�o fala com outras pessoas que n�o sejam familiares. Al�m disso, est�o fazendo um c�lculo de perigo abstrato. Quem est� sendo amea�ado, constrangido, que testemunha � essa?". As den�ncias contra Virg�nia tiveram in�cio em mar�o do ano passado, por meio de telefonemas an�nimos para a Ouvidoria estadual. Elas foram repassadas ao N�cleo de Repress�o a Crimes Contra a Sa�de (Nucrisa) e resultou na pris�o da m�dica em fevereiro.
Al�m de Virg�nia, tamb�m foram denunciados por homic�dio os m�dicos Maria Israela Cortez Boccato, Edison Anselmo da Silva J�nior e Anderson de Freitas; e as enfermeiras Patr�cia Cristina de Goveia Ribeiro e La�s da Rosa Groff.
A fisioterapeuta Carmencita Em�lia Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes foram denunciados pelo crime de forma��o de quadrilha, mas n�o foram detidos. A den�ncia foi apresentada no dia 11 de mar�o.