Pela primeira vez, a Secretaria de Justi�a e Direitos Humanos do Acre e a Pol�cia Federal conseguiram comprovar que o Brasil entrou na rota do tr�fico de haitianos para outros pa�ses. Nesta semana, em opera��o conjunta da secretaria e da PF no Aeroporto de Rio Branco, foram detidos um menor haitiano de 14 anos e o conterr�neo Inocente Olibrice, maior de idade. Olibrice, que atuava como 'coiote', embarcaria com o menor para a Guiana Francesa e, em contrapartida, receberia 500 euros pelo tr�fico.
O menor est� sob a guarda da Secretaria de Direitos Humanos e foi encaminhado de volta ao abrigo, em Brasileia (AC), onde 1.100 haitianos aguardam regulariza��o, pela Pol�cia Federal, da entrada ilegal no Brasil. Nilson Mour�o informou que o governo do Acre tenta contato com os parentes do jovem no Haiti e na Guiana Francesa para que possam busc�-lo.
O secret�rio disse que o governo do estado j� acompanhava os passos de Inocente Olibrice h� algum tempo. Legalizado no Brasil, o haitiano foi identificado fazendo a rota entre Brasileia e Rio Branco com frequ�ncia. Na capital, ele adotou a estrat�gia de convencer os haitiano que tirariam a Carteira de Trabalho a partirem para a Guiana ilegalmente onde ganhariam em euros. Ao mesmo tempo, o coiote cobrava uma esp�cie de ped�gio para o envio dos compatriotas ao outro pa�s.
“Esse foi o primeiro coiote identificado e preso em Rio Branco. A pris�o de Inocente s� confirma a nossa tese que essa imigra��o tamb�m � organizada por coiotes que atuam no Brasil. As pernas desses traficantes de seres humanos tem que ser cortadas para estancar isso”, destacou Mour�o. O secret�rio acrescentou que a a��o dos coiotes s� ser� “estancada” com a��es conjuntas dos governos do Brasil, da Bol�via, do Peru e Equador.
Em novembro de 2012, quando a reportagem da Ag�ncia Brasil esteve em Brasileia e Rio Branco para acompanhar a imigra��o ilegal haitiana, o tr�fico humano foi denunciado pelo p�roco Onac Axenat, mission�rio da Sociedade dos Sacerdotes de S�o Tiago (SSST), da Igreja Cat�lica. O padre disse que cada imigrante de seu pa�s gasta at� US$ 4 mil “para se submeter a uma rede de tr�fico” comandada por coiotes que atuam em Porto Pr�ncipe, capital haitiana.