
Mais uma semana. Este � o novo prazo que acusados e familiares das v�timas do massacre do Carandiru ter�o que aguardar para que seja julgado o crime ocorrido h� mais de duas d�cadas na capital paulista. Nesta segunda-feira, pouco depois do hor�rio do almo�o, o J�ri foi cancelado depois de uma jurada passar mal. De acordo com o Tribunal de Justi�a de S�o Paulo (TJSP), o corpo de senten�a – que contava com mais uma mulher e outros cinco homens – precisou ser dissolvido e a sess�o foi remarcada.
Ainda segundo o TJSP, o novo julgamento acontecer� na pr�xima segunda-feira, dia 15 de abril. O come�o dos trabalhos no F�rum Criminal da Barra Funda, em S�o Paulo, est� previsto para 9h. Para agilizar os trabalhos, o Juiz Jos� Augusto Marzag�o definiu tr�s horas de debates e duas para r�plicas e tr�plicas, esquema devidamente acordado com acusa��o e defesa.
PROCESSO DESMEMBRADO O julgamento remarcado para o pr�xima semana vai decidir o destino de 26 policiais militares (PMs), acusados de matar 15 detentos no segundo pavimento do pres�dio. Eles respondem por homic�dio qualificado mediante recurso que dificultou a defesa das v�timas. Dois deles, Argemiro C�ndido e Reinaldo Henrique de Oliveira, foram dispensados do J�ri por motivos de sa�de, segundo o TJ.
Ao todo, o processo tem 79 PMs denunciados pela morte de 111 presos, mas, devido � impossibilidade de julgar todos ao mesmo tempo, o Judici�rio decidiu desmembrar o processo. Os julgamentos dos outros acusados s� ser�o marcados, em blocos de aproximadamente 25 r�us, quando terminar o atual J�ri.
RELEMBRE O MASSACRE O in�cio da rebeli�o que terminou nos 111 corpos empilhados e retratados em uma imagem que chocou o mundo � nebuloso. Alguns falam que a briga entre os detentos come�ou com uma disputa por um varal, outros defendem que a confus�o teve rela��o com o controle da venda de drogas na cadeia. O fato � que, no in�cio da tarde de 2 de outubro de 1992, o que poderia ser um entrevero comum no cotidiano da cadeia se transformou no pior massacre do pa�s. �s 16h25, para conter a rebeli�o, a Pol�cia Militar entrou nas galerias do pavilh�o. Vinte minutos depois, os 111 estavam mortos. O incidente j� foi retratado em livro por Dr�uzio Varella e em um filme de Hector Babenco.
�NICO JULGADO EST� MORTO Passados mais de 20 anos, o �nico r�u julgado por todos os 111 homic�dios foi o coronel Ubiratan Guimar�es, que comandou a invas�o do Carandiru para controlar o motim. Ele chegou a ser condenado a 632 anos de pris�o e responsabilizado por 102 das 111 mortes, Mas acabou absolvido posteriormente. Em 2006, o coronel Ubiratan foi morto com um tiro dentro do pr�prio apartamento.
�NICO JULGADO EST� MORTO Passados mais de 20 anos, o �nico r�u julgado por todos os 111 homic�dios foi o coronel Ubiratan Guimar�es, que comandou a invas�o do Carandiru para controlar o motim. Ele chegou a ser condenado a 632 anos de pris�o e responsabilizado por 102 das 111 mortes, Mas acabou absolvido posteriormente. Em 2006, o coronel Ubiratan foi morto com um tiro dentro do pr�prio apartamento.
