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Estado de Minas

Peritos exumam ossada que seria de Alex Xavier, morto durante a ditadura


postado em 09/04/2013 15:27

Peritos da Pol�cia Federal exumaram nesta ter�a-feira, no Cemit�rio de Inha�ma, na zona norte, a ossada que seria do militante de esquerda Alex de Paula Xavier Pereira, morto aos 22 anos por agentes do regime militar em 1972, em S�o Paulo. Os peritos coletaram fragmentos do f�mur e do �mero, al�m de dentes, para submeter a exame de identifica��o.

O pedido de exuma��o foi feito pela fam�lia e pelo Minist�rio P�blico e autorizado pela Comiss�o Especial sobre Mortos e Desaparecidos Pol�ticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, no ano passado. Xavier foi enterrado sob nome falso no cemit�rio de Perus, em S�o Paulo. Em 1979, sua fam�lia encontrou uma ossada que seria do guerrilheiro.

Em 1980, os restos mortais foram trazidos para Inha�ma e, em 1998, foi feita a primeira exuma��o para tentar identific�-los, sem sucesso. “Para a fam�lia � importante para sabermos se � realmente o Alex. Essa d�vida persiste ao longo de mais de 30 anos. Queremos pelo menos encerrar essa etapa de que conseguimos resgatar o Alex”, disse sua irm�, Iara Xavier, que no mesmo ano perdeu outro irm�o, Iuri Xavier, e, no ano seguinte, o marido, Arnaldo Cardoso, todos v�timas da ditadura.

O registro oficial da morte de Alex Xavier relata que ele teria sido morto durante um tiroteio, mas investiga��o da comiss�o especial da Secretaria de Direitos Humanos revela que ele foi torturado e executado. Segundo o procurador da Rep�blica S�rgio Suiama, caso a identidade da ossada seja confirmada, ser� poss�vel prosseguir com uma investiga��o criminal para processar os respons�veis pelo homic�dio e pela oculta��o de cad�ver, j� que ele foi sepultado com nome falso.

“S�o dois objetivos aqui. O primeiro � dar uma resposta � a fam�lia que h� 40 anos vem procurando [descobrir] onde est�o os restos mortais de seu ente querido. E tamb�m dar uma resposta � sociedade em termos de justi�a e responsabiliza��o dos autores dos crimes de homic�dio e oculta��o de cad�ver”, disse.

Os ossos coletados pelos peritos ser�o levados para o Instituto Nacional de Criminal�stica, onde o material gen�tico ser� comparado com o de membros da fam�lia, inclusive o de Iuri Xavier, irm�o de Alex, que tamb�m teve os restos mortais exumados hoje.

“Esse trabalho, por si s�, � uma den�ncia de que, enquanto n�o formos a fundo nesse problema, que � do Estado brasileiro, a ditadura ainda vai persistir. Saber e esclarecer o que aconteceu com Alex � limpar um pouco do que a ditadura deixou no Brasil”, disse o coordenador-geral da Comiss�o Especial sobre Mortos e Desaparecidos, Gilles Gomes.

Alex Xavier, que militava na A��o Libertadora Nacional (ALN), � um dos 361 mortos e desaparecidos durante a ditadura, reconhecidos pela comiss�o especial da Secretaria de Direitos Humanos.


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