O julgamento de 26 policiais militares acusados pela morte de 15 detentos no Massacre do Carandiru ser� retomado na quinta-feira, a partir das 9h da manh�, informou o juiz Jos� Augusto Nardy Marzag�o. O julgamento foi suspenso nesta quinta-feira ap�s um dos sete jurados ter passado mal. %u201C[Antes do in�cio dos trabalhos hoje] percebi que um jurado n�o estava se sentindo bem. Diante disso, como j� havia ocorrido em outra sess�o, por precau��o solicitei a equipe m�dica, que compareceu imediatamente e que recomendou que ele [jurado] fosse at� o ambulat�rio%u201D, disse o juiz aos jornalistas, na entrada do F�rum da Barra Funda, na zona oeste da capital.
Marzag�o disse que foi informado pelos m�dicos que o jurado %u201Cteve um mal-estar%u201D - de origem e sintomas n�o informados - e que precisaria de repouso. Por isso, o juiz decidiu suspender os trabalhos at� que o jurado possa voltar a participar do julgamento. Se o problema fosse mais grave e o jurado tivesse que se ausentar do julgamento, explicou o juiz, todo o trabalho feito at� agora teria que ser cancelado e o julgamento teria que ser remarcado para uma nova etapa, com novo sorteio de jurados e a necessidade de repeti��o dos depoimentos j� tomados. %u201CNo momento, ele n�o pode retornar por recomenda��o m�dica, mas isso n�o significa que h� gravidade porque, do contr�rio, o j�ri seria cancelado como j� foi no dia 8 de abril. Neste momento, ent�o, o julgamento encontra-se suspenso por recomenda��o m�dica para que ele [jurado] repouse%u201D. Na quinta-feira cedo (18), antes do in�cio dos trabalhos, o jurado %u2013 cujo nome n�o foi revelado - ser� novamente avaliado pelos m�dicos. A previs�o do juiz � que, caso os trabalhos sejam retomados amanh�, o julgamento termine nesta sexta-feira (19). O julgamento do caso do Carandiru deveria ter come�ado no �ltimo dia 8, mas foi suspenso pelo mesmo motivo: uma jurada passou mal. Os trabalhos foram adiados por uma semana e retomados na �ltima segunda-feira (15). Por causa do grande n�mero de r�us, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase, est�o sendo julgados 26 policiais, responsabilizados pelas mortes de 15 detentos no segundo pavimento do Pavilh�o 9. No primeiro dia, cinco testemunhas de acusa��o foram ouvidas, entre elas, o perito criminal � �poca do fato, Osvaldo Negrini Neto, que negou a ocorr�ncia de um confronto entre os policiais e os presos, resultando na mortes de 111 detentos. Segundo Negrini, os tiros foram disparados %u201Cde fora para dentro das celas%u201D, o que mostra ind�cios de que s� os policiais atiraram. Negrini tamb�m disse que a cena do massacre foi violada, pois os corpos dos presos foram removidos das celas e n�o foram encontradas as c�psulas das balas. Na ter�a-feira (16), foram ouvidas as testemunhas de defesa, arroladas pela advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os 26 policiais. Foram ouvidos os desembargadores Ivo de Almeida, Fernando Ant�nio Torres Garcia e Luis Ant�nio San Juan Fran�a. Tamb�m prestaram depoimento o ent�o governador de S�o Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho; Pedro Franco de Campos, secret�rio de Seguran�a P�blica � �poca do epis�dio; e a ju�za Sueli Veraik Armani de Menezes. Tamb�m na ter�a o juiz deu in�cio � leitura das pe�as, que deve continuar amanh� cedo. Na quinta-feira (18) tamb�m est� previsto o depoimento de quatro dos 26 policiais. Os demais n�o ser�o ouvidos. Depois desta etapa, seguir� a fase de debates, com as falas da acusa��o e da defesa. Depois, o Conselho de Senten�a, composto pelos sete jurados, ir� se reunir para determinar o veredicto - se os policiais ser�o absolvidos ou condenados.
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Julgamento do Massacre do Carandiru ser� retomado nesta quinta-feira
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