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Estado de Minas

Pol�cia Civil do RJ utiliza arma proibida pelo Ex�rcito


postado em 13/05/2013 20:49

A Pol�cia Civil do Rio utiliza em suas opera��es uma metralhadora MAG, de fabrica��o belga, calibre 7.62, cujo uso por �rg�os de seguran�a p�blica � permitido apenas �s pol�cias federal e militar estaduais. De acordo com o Ex�rcito, que regula e fiscaliza a compra e emprego de armas em todo o Pa�s, as Pol�cias Civis n�o t�m autoriza��o para utilizar este modelo de armamento, cuja capacidade de disparo varia de 650 a mil tiros por minuto.

O uso foi admitido nesta segunda-feira, 13, pelo subchefe Operacional da Pol�cia Civil, delegado Fernando Veloso, em entrevista coletiva convocada para explicar quais procedimentos ser�o adotados ap�s o vazamento para a imprensa de v�deos de duas opera��es que mostram supostas irregularidades cometidas por policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).


"O emprego da MAG n�o � novidade pelas pol�cias do Estado do Rio. Neste caso, a arma foi cedida pela Pol�cia Federal num ato de coopera��o visando � captura do (traficante) Matem�tico. A PF tinha uma investiga��o sobre o paradeiro dele e pediu que a Pol�cia Civil desse apoio a�reo, e a PM, apoio terrestre. Al�m disso, o calibre 7.62 da MAG � compat�vel com o de armas usadas pelas for�as de seguran�a do Rio", afirmou Veloso.

O Ex�rcito n�o respondeu ao questionamento da reportagem sobre que medidas ser�o tomadas pela institui��o para investigar e punir o uso irregular da metralhadora pela Pol�cia Civil fluminense.

Em 5 de maio, o "Fant�stico", da TV Globo, exibiu imagens de uma opera��o na Favela da Coreia, tamb�m na zona oeste, que resultou na morte do traficante M�rcio Jos� Sabino Pereira, o Matem�tico, em 11 de maio de 2012. O v�deo mostra os agentes atirando de um helic�ptero contra um carro onde estava o bandido, apesar de haver v�rias casas, pr�dios e pedestres na linha de tiro. A MAG estava sendo usada no helic�ptero.

E no �ltimo s�bado, 11, o jornal Extra divulgou imagens de um confronto entre agentes e traficantes na Favela do Rola, zona oeste da capital, em 16 de agosto de 2012, que terminou na morte de cinco homens. Uma das v�timas, que estava desarmada, aparece sendo carregada por policiais para um bar, conhecido reduto de traficantes da favela. O objetivo, segundo o jornal, seria forjar um auto de resist�ncia (morte em confronto com a pol�cia).

A chefe de Pol�cia Civil, delegada Martha Rocha, admitiu nesta segunda-feira que, apesar de a institui��o possuir o equipamento que filma as opera��es a�reas desde 2010, ainda n�o h� um protocolo que regulamente sua utiliza��o, armazenamento e an�lise de imagens geradas. Ela estipulou prazo de 30 dias para uma comiss�o propor uma norma.

Dos cinco mortos na opera��o na Favela do Rola, dois n�o tinham antecedentes criminais: Douglas Vin�cius da Silva, de 22 anos, e Silas Rosa Guimar�es, de 26. A pol�cia n�o informou se o homem que aparece sendo carregado pelos agentes da Core � um destes. A identifica��o dos policiais tamb�m n�o foi divulgada.

A investiga��o dos cinco homic�dios provenientes de auto de resist�ncia foi transferida da 36ª DP (Santa Cruz) para a Corregedoria. Todos os policiais da Core que participaram da opera��o ser�o novamente ouvidos. "O objetivo � individualizar a conduta de cada agente. Somente ap�s isso, vamos decidir se algum servidor ser� afastado disciplinarmente", disse o delegado-corregedor Glaudiston Galeano.


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