S�o Paulo - Em meio � discuss�o a respeito da importa��o de m�dicos, a organiza��o norte-americana que avalia a qualidade do ensino por l� manifestou interesse em testar o conhecimento de estudantes e formandos brasileiros de Medicina. Trata-se de uma parceria, prevista para ser assinada na ter�a-feira, 21, entre o Instituto S�rio-Liban�s de Ensino e Pesquisa e o National Board of Medical Examiners (NBME), que h� quase cem anos aplica nos EUA testes que licenciam rec�m-formados.
Na opini�o de Roberto Padilha, diretor de ensino do S�rio, outros testes que j� existem aqui, como o do Conselho Regional de Medicina de S�o Paulo (obrigat�rio para alunos do 6º ano), s�o bons, mas t�midos. “Nossa ideia � ter a avalia��o como um instrumento de forma��o, n�o de puni��o. E para isso � preciso avaliar os alunos ao longo do tempo”, explica. “O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), por exemplo, � bem feito, mas pontual, n�o d� essa sequ�ncia. Quem faz a prova no primeiro ano n�o necessariamente vai fazer no sexto. J� o teste do Cremesp � avalia��o final, mas tem pouco efeito pedag�gico.”
A proposta � criar um exame que leve em conta as singularidades do ensino brasileiro. Peter Scoles, diretor executivo de programas internacionais do NBME, explica que o modelo que est� sendo desenhado vai ser �nico para o Brasil. “Provavelmente de 75% a 80% das quest�es ser�o comuns �s do restante do mundo, porque a forma de fazer Medicina � em sua maioria muito parecida, mas 20% ou mais ser�o �nicas.”
Participa��o
Espera-se que at� 15 escolas participem - USP, Santa Casa e Unesp j� negociam com o instituto. Para o coordenador do exame aplicado pelo Cremesp, Br�ulio Lino Filho, a parceria � bem-vinda.
“O teste aplicado pelo NBME � o mais respeitado do mundo. O Brasil precisa caminhar nessa dire��o. Aqui, o m�dico graduado pode exercer a profiss�o sem passar por teste nem fazer resid�ncia. � estapaf�rdio.”