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Estado de Minas

Brasil acorda com protestos em todo o pa�s

Bras�lia, S�o, paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre registraram grande manifesta��es


postado em 18/06/2013 06:10 / atualizado em 18/06/2013 10:23

 

Ponte Estaiada, em São Paulo, foi um dos palcos das manifestações em São Paulo (foto: Miguel Schincariol / AFP)
Ponte Estaiada, em S�o Paulo, foi um dos palcos das manifesta��es em S�o Paulo (foto: Miguel Schincariol / AFP)

 Dezenas de milhares de brasileiros participaram de manifesta��es nesta segunda-feira nas maiores cidades do pa�s para protestar contra o aumento das tarifas dos transportes e os gastos com a Copa do Mundo de 2014 em detrimento dos servi�os p�blicos.

 Veja a galeria de fotos do protesto em Bras�lia

 Veja a galeria de fotos do protesto em S�o Paulo

 Veja a galeria de fotos do protestono Rio de Janeiro

 

 Em S�o Paulo, ao menos 65 mil pessoas participaram dos protestos, que ocuparam dois pontos distintos da cidade, e em Bras�lia, manifestantes invadiram o teto do Congresso Nacional .

 No Rio de Janeiro, outro grande protesto tomou conta de toda a avenida Rio Branco. Especialistas da Coppe/UFRJ avaliaram em 100 mil o n�mero de participantes.

 Confrontos foram registrados em frente � Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Manifestantes que tentaram invadir o local jogaram pedras, coquet�is Molotov e disparavam roj�es em dire��o a policiais acuados no pr�dio, alvo de picha��es.

 Na tentativa de entrar no Pal�cio Tiradentes, os manifestantes utilizaram roj�es para destruir os cadeados e fizeram uma fogueira em uma das portas da Alerj, enquanto funcion�rios e cerca de 20 policiais feridos permaneciam dentro do pr�dio.

 

Durante o confronto, alguns jovens conseguiram escalar o pr�dio e entrar na Assembleia por uma janela lateral. No final da noite, o Batalh�o de Choque da Pol�cia Militar retomou o controle da Assembleia Legislativa e das ruas na regi�o, permitindo o socorro dos 20 PMs feridos e libertando os funcion�rios da Casa.

 Na opera��o, os policiais utilizaram balas de borracha e bombas de efeito moral, e os manifestantes se dispersaram rapidamente.

 Em S�o Paulo, os manifesta��es fecharam a Marginal Pinheiros e seguiram para o Pal�cio dos Bandeirantes. Outra multid�o ocupou a Avenida Paulista.

 Em Bras�lia, manifestantes marcharam pela Esplanada dos Minist�rios e centenas ocuparam o teto do Congresso Nacional.

"Brasil se fodeu, o povo apareceu", "sou brasileiro com muito orgulho", cantavam os manifestantes. Ao menos 5 mil pessoas protestaram em Bras�lia, segundo a pol�cia local. "Chegamos � Casa do Povo. � o primeiro passo para demonstrar que n�o somos um povo morto. Pensavam que parar�amos para ver futebol, mas n�o foi assim", disse Bruno Pastrana, um estudante de 24 anos, sentado no teto do Congresso.

 A presidente Dilma Rousseff reagiu afirmando que "as manifesta��es pac�ficas s�o leg�timas e pr�prias da democracia". "� pr�prio dos jovens se manifestar", estimou Dilma em um comunicado divulgado pelo blog da Presid�ncia. Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Curitiba tamb�m tiveram protestos nesta segunda-feira.

 As manifesta��es re�nem diversos movimentos de contesta��o, que v�o daqueles que protestam contra o aumento das tarifas dos transportes coletivos aos que condenam os gastos com os eventos esportivos sediados no Brasil.

 Em Belo Horizonte, onde o protesto reuniu cerca de 30 mil pessoas, segundo seus organizadores, a pol�cia disparou bombas de g�s lacrimog�neo contra os manifestantes para impedir que o movimento chegasse ao Mineir�o, onde Nig�ria e Taiti jogavam pela Copa das Confedera��es.

 Em Porto Alegre, a pol�cia dispersou manifestantes com bombas de g�s lacrimog�neo ap�s grupos destru�rem um �nibus e incendiarem lixo no centro da cidade.

 Convocadas atrav�s das redes sociais, as reivindica��es n�o t�m v�nculo pol�tico. Com gritos de "n�o tenho partido", a maior parte dos manifestantes � composta por jovens da classe m�dia. "Eu vim porque quero que o Brasil acorde. N�o � apenas contra a alta dos pre�os dos transportes, mas pela educa��o e pela sa�de", disse � AFP Diyo Coelho, 20 anos, que participava de uma passeata junto a um grupo de amigos em S�o Paulo, que levavam flores brancas nas m�os.

 "Vem, vem, vem pra rua, vem!", gritavam os manifestantes no centro hist�rico e financeiro do Rio. Do alto dos pr�dios comerciais, pessoas jogavam pap�is brancos em apoio aos manifestantes. "Estou aqui para mostrar que o Brasil n�o � apenas o pa�s do futebol e do carnaval. Aqui n�s temos outras preocupa��es, como a falta de investimentos em coisas realmente importantes, como sa�de e educa��o", disse Daiana Ven�ncio, 24 anos, formada em direito.

 "Isto � muito bom. No Brasil as pessoas n�o costumam sair �s ruas para protestar, � uma imagem bonita", disse � AFP outro manifestante no Rio de Janeiro. "Que sentido tem fazer uma festa para os gringos quando o Brasil est� mal?" - perguntou Priscila Parra, estudante de f�sica de 20 anos.

 A onda de protestos come�ou em S�o Paulo na semana passada. O motivo inicial era contestar o aumento das tarifas dos transportes coletivos, que passaram de R$ 3,00 para R$ 3,20. Rapidamente as manifesta��es se espalharam para outras cidades.

Na ordem do dia dos protestos est�o os gastos colossais com a Copa das Confedera��es e a Copa do Mundo -- 15 bilh�es de reais -- em detrimento de outras �reas, como sa�de e educa��o. Estas s�o as maiores manifesta��es de rua no Brasil em 21 anos, desde os protestos de 1992 contra a corrup��o do governo do ent�o presidente Fernando Collor de Melo, que renunciou durante o processo de impeachment.


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