
O centro do Rio de Janeiro amanheceu nesta ter�a-feira (18) com lojas depredadas e saqueadas e patrim�nio p�blico danificado, depois que dezenas de pessoas aproveitaram a manifesta��o de ontem (17) para provocar destrui��o. Uma loja chegou a ser incendiada. durante a manh�, comerciantes contabilizavam preju�zos e funcion�rios da prefeitura tentavam reparar os danos.
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Bombeiros ainda combatiam resqu�cios do fogo ateado contra uma loja de chinelos de borracha. Na manh� desta ter�a-feira, muita fuma�a sa�a do local. Garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) usavam removedor de tinta para tentar retirar picha��es nos muros da Assembleia Legislativa (Alerj), do Pa�o Imperial e da centen�ria Igreja de S�o Jos�.
Dois carros incendiados eram recolhidos pela Comlurb. Oper�rios da Secretaria de Conserva��o da prefeitura recolocavam pedras portuguesas, que foram arrancadas para quebrar vidra�as da Alerj e do Pa�o Imperial.
Dentro da Alerj, muitos estilha�os de vidro pelo ch�o e m�veis amontoados em forma de barricada, forma encontrada pelos policiais do Batalh�o de Choque para se proteger de artefatos incendi�rios lan�ados pelos manifestantes. Funcion�rios da Assembleia recolheram in�meras garrafas, latas e at� uma m�quina de pagamento de cart�o de cr�dito que foram lan�adas contra as vidra�as.
“Acho que a manifesta��o [pac�fica] � correta, porque temos, sim, que ir para a rua para fazer nossas demandas. Mas o ato de vandalismo � errado. A gente pode protestar, mas n�o pode estragar o Rio de Janeiro. Depois somos n�s mesmos que vamos pagar”, disse a estudante Josana Augusta, que passava pelo local na manh� de hoje e observava a destrui��o.
Na Rua S�o Jos�, nas proximidades da Alerj, havia um rastro de destrui��o. Al�m da vandaliza��o de vidros e portas, muitos escrit�rios e lojas foram invadidos, depredados e saqueados. Uma ag�ncia banc�ria teve todos seus vidros quebrados e m�quinas de autoatendimento destru�dos. Ao lado da loja de sand�lias incendiada, uma loja de chocolates teve seus produtos roubados.
Em um restaurante, em frente � Alerj, os funcion�rios tiveram que fechar as portas �s pressas, quando os manifestantes violentos chegaram na noite de ontem. “Naquela correria, conseguimos fechar as portas e sa�mos aos trancos e barrancos, debaixo de pedradas. Temi pela minha vida. Foi uma cena de total horror”, conta o gerente do estabelecimento, Paulo Roberto Santos.
O fechamento das portas n�o poupou o restaurante da destrui��o e do saque. Al�m de destru�rem portas e geladeiras, os invasores roubaram televisores, computadores e bebidas alco�licas.
“A destrui��o foi praticamente completa. A �nica coisa que n�o foi abaixo foi a casa. O estabelecimento foi destru�do e saqueado. Vamos tentar resolver o assunto da melhor maneira. Enquanto isso, a gente tem uma casa fechada, sem poder trabalhar”, lamenta a propriet�ria M�nica Pereira.