
O Movimento Passe Livre (MPL) em S�o Paulo, que promoveu sete protestos na cidade desde o dia 6 de junho, n�o convocar� novas manifesta��es na capital, anunciaram integrantes da grupo nesta sexta-feira, 21. O motivo � a participa��o de ativistas de causas n�o apoiadas pelo grupo, como criminaliza��o do aborto e redu��o da maioridade penal. Os protestos em outras cidades do Pa�s, que tiveram in�cio ap�s atos em S�o Paulo, podem continuar conforme a decis�o dos membros do movimento no restante do Brasil.
Veja imagens do �ltimo protesto em S�o Paulo
De acordo com Rafael Siqueira, integrante do MPL, o grupo n�o � contra a participa��o de partidos pol�ticos, desde o come�o das mobiliza��es na rua. No entanto, nos �ltimos atos, eles consideram que surgiram pessoas com objetivos conservadores, incompat�veis com o pensamento do Passe Livre, como representantes do neofascismo.
Agora, segundo Siqueira, o MPL em S�o Paulo dever� suspender todas as convoca��es para decidir o futuro das reivindica��es a respeito do transporte p�blico (a reivindica��o inicial do grupo a redu��o da tarifa de transporte p�blico, foi atendida) e urbanismo e como lidar com ativistas com objetivos contr�rios a seus ideais.
“A suspens�o de novos atos n�o tem nada a ver com a participa��o de partidos”, disse Siqueira.“A suspens�o de novos atos � por dois motivos simples. A gente vai ter que analisar e fazer uma reflex�o profunda com as pessoas que s�o aliadas da gente na luta contra o aumento de que atitude tomar. Nada � feito por acaso. A segunda coisa � que muita gente da direita, com pautas que a gente discorda totalmente, est�o se aproveitando dos atos.”
No protesto de quinta-feira, manifestantes do PT foram hostilizados por participantes da passeata que n�o queriam a presen�a de partidos no ato. Em nota em sua p�gina no Facebook, o Passe Livre, que afirma ser "um movimento social apartid�rio, mas n�o antipartid�rio", repudiou os "atos de viol�ncia direcionados a essas organiza��es durante a manifesta��o de hoje (quinta), da mesma maneira que repudiamos a viol�ncia policial". "Desde os primeiros protestos, essas organiza��es tomaram parte na mobiliza��o. Oportunismo � tentar exclu�-las da luta que constru�mos juntos", diz o texto.