A Secretaria Estadual da Sa�de registrou, desde o dia 1º de janeiro, 215 mortes em decorr�ncia da gripe A (H1N1) em S�o Paulo. De acordo com dados gerais do Minist�rio da Sa�de computados at� o dia 25 de junho, no pa�s, ocorreram 339 mortes provocadas por esse tipo de gripe. O minist�rio n�o divulgou o balan�o com os dados de cada estado.
O caso mais recente no estado de S�o Paulo foi confirmado ontem pela Secretaria Municipal de Sa�de de Jundia�, munic�pio que fica a 70 quil�metros da capital paulista. A cidade registrou a sexta morte em decorr�ncia da gripe. Trata-se de um homem de 56 anos, diab�tico e hipertenso, que, por ser portador de doen�a cr�nica, deveria ter sido vacinado.
"O certo � n�o termos nenhum �bito, j� que se trata de uma doen�a imunopreven�vel. Mas essas mortes aconteceram em pessoas que estavam suscet�veis e n�o tomaram a vacina. [Esse n�mero] est� dentro do esperado", avaliou a gerente de Vigil�ncia Epidemiol�gica de Jundia�, Solange Nogueira Marchezini.
O Brasil teve 1.754 casos da doen�a, segundo balan�o do minist�rio at� 25 junho. O estado de S�o Paulo, por sua vez, teve 1.367 casos confirmados, de acordo com levantamento do �rg�o estadual at� hoje (2). A maioria (60%) das ocorr�ncias est� concentrada na Grande S�o Paulo. Em Jundia�, foram 32 casos, dos quais seis resultaram em morte, 17 est�o em recupera��o domiciliar, oito receberam alta e apenas um permanece internado. A Secretaria Municipal de Sa�de informou que o paciente hospitalizado apresenta quadro est�vel.
"A estrat�gia que n�s adotamos [no munic�pio] foi entrar o mais r�pido poss�vel com oseltamivir [conhecido pelo nome comercial Tamiflu]. Intensificamos essa orienta��o com profissionais de sa�de, da rede p�blica e privada, e conseguimos bloquear os agravos dessa doen�a na cidade", explicou Solange.
Solange Marchezini destacou que o �rg�o acompanha o hist�rico de cada caso grave da doen�a para implementar medidas adequadas de controle. "Se tiv�ssemos mortes de pessoas fora do grupo de risco, por exemplo, ter�amos que avaliar a amplia��o da vacina para outros segmentos. A popula��o pode ficar tranquila." Para ela, os dados de Jundia� demonstram que, apesar das mortes, a pol�tica contra a gripe est� no caminho certo, pois os pacientes que morreram tinha indica��o para a vacina.
A Secretaria Estadual de Sa�de faz o mesmo alerta em rela��o aos grupos de risco, tendo em vista que 70% das mortes decorrentes de s�ndrome respirat�ria aguda grave (SRAG) s�o de pessoas que tinham outras doen�as associadas. A notifica��o no estado � feita somente dos casos de SRAG, que incluem as ocorr�ncias graves de gripe A (H1N1).
Como preven��o ao v�rus Influenza A (H1N1), sobretudo para as pessoas que n�o t�m indica��o de vacina, Solange Marchezini explica que devem ser adotadas medidas universais, como atividades ao ar livre; alimenta��o saud�vel; lavar as m�os; e proteger a boca e o nariz ao espirrar, de prefer�ncia com um len�o descart�vel. "O inverno � o per�odo mais delicado. Este ano, com a antecipa��o do frio, come�amos a ter casos mais graves j� em maio. Antes, isso era intensificado em julho", alertou.