
Visivelmente chocado com a trag�dia que se abateu sobre a sua fam�lia, Carlos Yanarico, tio de Brayan, disse que vai permanecer no Brasil at� que ocorra a pris�o do suspeito pelo assassinato. Dois acusados de envolvimento no caso est�o presos e um menor foi apreendido, mas o principal criminoso e mais um comparsa est�o foragidos.
“S� pe�o a justi�a para Brayan”, defendeu Carlos, logo ap�s assistir � missa de s�timo dia em mem�ria de seu sobrinho no in�cio da tarde de hoje na Igreja dos Imigrantes. Ele relembrou o momento de afli��o de sua fam�lia na madrugada em que foram atacados quando chegavam em casa. Mesmo tendo entregue todo o dinheiro que tinham e implorado para que n�o matassem ningu�m, um dos agressores atirou na cabe�a da crian�a.
Segundo o boliviano, os pais de Brayan est�o muito abalados e n�o pretendem mais voltar ao Brasil. Eles seguiram para a Bol�via, onde o corpo de Brayan foi enterrado na �ltima quarta-feira e devem permanecer em La Paz.
A advogada da fam�lia, Patr�cia Vega, fez um apelo para que a popula��o veja a foto do suspeito pelo assassinato, que tem sido divulgada pelos meios de comunica��o, e denuncie ao no Disque Den�ncia (181). Segundo ela, quatro equipes de policiais est�o procurando os dois foragidos. O principal suspeito “� uma pessoa perigosa, que est� armada e a gente s� vai conseguir coloc�-lo na pris�o com ajuda”, diz a advogada. Segundo Patr�cia, muitas pessoas a tem procurado para oferecer ajuda financeira � fam�lia de Brayan.
Roque Pattussi, coordenador do Centro de Apoio ao Imigrante, disse que h� preocupa��o com o futuro do casal Yanarico, porque essas fam�lias bolivianas que v�m tentar a sorte no Brasil s�o suscet�veis a muitas vulnerabilidades e com o retorno ao pa�s de origem, principalmente diante da forma como isso ocorreu carecem de uma assist�ncia especial. Ele informou que o governo brasileiro manifestou solidariedade e que tem sido feito contatos com as autoridades do pa�s vizinho.
Ap�s o ato religioso, os participantes seguiram em passeata at� a Pra�a da S�, onde ocorreu uma manifesta��o em que novos pedidos de justi�a foram feitos por representantes de v�rios segmentos sociais entre os quais estavam integrantes da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e do Centro de Apoio aos Imigrantes. Os organizadores estimaram a presen�a de pouco mais de mil pessoas. J� pelos c�lculos da Pol�cia Militar, em torno de 200 pessoas estavam no ato.