O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, disse hoje que a cria��o do segundo ciclo do curso de medicina vai ajudar os m�dicos formados no Brasil a ter uma vis�o mais humanista e a n�o depender tanto de "m�quinas e equipamentos" para atender os pacientes. A medida integra o Programa Mais M�dicos, lan�ado esta semana pelo governo federal, e prev� que os alunos que ingressarem nos cursos de medicina a partir de 2015 ter�o que atuar dois anos na aten��o b�sica e nos servi�os de urg�ncia e emerg�ncia do Sistema �nico de Sa�de (SUS) para receber o diploma.
Os estudantes receber�o remunera��o do governo federal e ter�o autoriza��o tempor�ria para exercer a medicina, al�m de continuar vinculados �s universidades.
"Hoje ele faz seus dois �ltimos anos em um hospital altamente especializado e a gente sabe que a maior parte dos problemas de sa�de deve ser resolvida fora dos hospitais. Ent�o queremos oferecer � popula��o m�dicos mais bem formados, com uma vis�o mais humanista, que saibam examinar uma pessoa e n�o fiquem dependente s� de m�quinas e equipamentos", disse, ao participar nesta quarta-feira, do Bom Dia, Ministro, programa produzido pela Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica em parceria com a EBC Servi�os.
"O que acontece hoje � que, nos dois �ltimos anos de seu curso, o estudante j� est� sendo apresentado � especialidade, preocupado com a resid�ncia que vai fazer, antes de se tornar um m�dico integral, de ter uma vis�o geral, de ser um m�dico mais humano, que conhe�a o paciente como um todo e n�o s� peda�os do paciente", disse.
Ainda durante o programa, Padilha reiterou que, nesse per�odo de dois anos, os alunos n�o ser�o deslocados para regi�es distantes do local onde estudam, mas atuar�o em unidades da rede p�blica ligadas �s institui��es de ensino, na pr�pria cidade ou em regi�es metropolitanas dos munic�pios onde est�o localizadas.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de a atua��o obrigat�ria no SUS ser estendida a outras categorias da �rea de sa�de, o ministro enfatizou que o programa do governo, enviado ao Congresso Nacional por meio de medida provis�ria, prev� a determina��o apenas para os estudantes de medicina. Ele acrescentou que poss�veis mudan�as na grade curricular do curso de medicina a serem implementadas a partir de 2015 ser�o analisadas pelo Conselho Nacional de Educa��o at� o fim do ano.
A proposta do governo foi alvo de cr�ticas das principais entidades m�dicas do pa�s.