Entidades de outras classes de profissionais da sa�de comemoraram os vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff a alguns artigos da lei do Ato M�dico. O principal ponto vetado dizia que a formula��o de diagn�sticos e a respectiva prescri��o terap�utica seriam atividades privativas dos m�dicos.
Para Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia, o principal ponto vetado � o que falava dos diagn�sticos. “Os psic�logos s�o capazes de identificar os sintomas e sinais de uma depress�o para fazer o diagn�stico e, consequentemente, fazer a indica��o terap�utica e o encaminhamento para o m�dico quando for necess�rio. Da forma como a lei estava, essa atividade estaria comprometida e poder�amos ser processados por exerc�cio ilegal da medicina”, diz.
Reginaldo Bonatti, presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de S�o Paulo, diz que “com esses vetos, a presidente Dilma cumpriu com os princ�pios fundamentais do SUS, mantendo a autonomia dos profissionais.” Como exemplo de atividade do fisioterapeuta que poderia ficar comprometida, estava o diagn�stico e tratamento de problemas de coluna. “A maioria dos problemas de coluna � resolvida no consult�rio do fisioterapeuta sem precisar sobrecarregar o servi�o de sa�de para agendar uma consulta.”
Rui C�sar Cordeiro, que � m�dico e vice-presidente da Associa��o Brasileira de Acupuntura, tamb�m elogia os vetos, especialmente no trecho em que havia d�vidas sobre a aplica��o da acupuntura - a lei previa que qualquer procedimento com invas�o de pele, mesmo sendo em tecido subcut�neo, seria atividade privativa dos m�dicos. Esse trecho foi vetado, sendo mantido apenas o que falava da invas�o dos orif�cios naturais, atingindo �rg�os. “A abrang�ncia da acupuntura � muito maior do que na cl�nica m�dica. Ela tem indica��es na odontologia, na fisioterapia, na psicologia. Seria um crime limitar essa atividade aos m�dicos”, afirma.