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Estado de Minas

Homic�dios de jovens crescem 326,1% no Brasil, mostra Mapa da Viol�ncia


postado em 18/07/2013 09:02

A viol�ncia contra os jovens brasileiros aumentou nas �ltimas tr�s d�cadas de acordo com o Mapa da Viol�ncia 2013: Homic�dio e Juventude no Brasil, publicado nesta quinta-feira pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com dados do Subsistema de Informa��o sobre Mortalidade (SIM), do Minist�rio da Sa�de. Entre 1980 e 2011, as mortes n�o naturais e violentas de jovens – como acidentes, homic�dio ou suic�dio – cresceram 207,9%. Se forem considerados s� os homic�dios, o aumento chega a 326,1%. Dos cerca de 34,5 milh�es de pessoas entre 14 e 25 anos, em 2011, 73,2% morreram de forma violenta. Na d�cada de 1980, o percentual era 52,9%.


“Hoje, com grande pesar, vemos que os motivos ainda existem e subsistem, apesar de reconhecer os avan�os realizados em diversas �reas. Contudo, s�o avan�os ainda insuficientes diante da magnitude do problema”, conclui o estudo.

O homic�dio � a principal causa de mortes n�o naturais e violentas entre os jovens. A cada 100 mil jovens, 53,4 assassinados, em 2011. Os crimes foram praticados contra pessoas entre 14 e 25 anos. Os acidentes com algum tipo de meio de transporte, como carros ou motos, foram respons�veis por 27,7 mortes no mesmo ano.

Segundo o mapa, o aumento da viol�ncia entre pessoas dessa faixa et�ria demonstra a omiss�o da sociedade e do Poder P�blico em rela��o aos jovens, especialmente os que moram nos chamados polos de concentra��o de mortes, no interior de estados mais desenvolvidos; em zonas perif�ricas, de fronteira e de turismo predat�rio; em �reas com dom�nio territorial de quadrilhas, mil�cias ou de tr�fico de drogas; e no arco do desmatamento na Amaz�nia que envolve os estados do Acre, Amazonas, de Rond�nia, Mato Grosso, do Par�, Tocantins e Maranh�o.

De acordo com o estudo, a partir “do esquecimento e da omiss�o passa-se, de forma f�cil, � condena��o” o que representa “s� um pequeno passo para a repress�o e puni��o”. O autor do mapa, Julio Jacobo Waiselfisz, explicou � Ag�ncia Brasil que a transi��o da d�cada de 1980 para a de 1990 causou mudan�as no modelo de crescimento nacional, com uma descentraliza��o econ�mica que n�o foi acompanhada pelo aparato estatal, especialmente o de seguran�a p�blica. O deslocamento dos interesses econ�micos das grandes cidades para outros centros gerou a interioriza��o e a periferiza��o da viol�ncia, �reas n�o preparadas para lidar com os problemas.

“O malandro n�o � ot�rio, n�o vai atacar um banco bem protegido, no centro da cidade. Ele vai aonde a seguran�a est� atrasada e deficiente, gerando um novo desenho da viol�ncia. N�o foi uma migra��o meramente f�sica, mas de estruturas”, destacou Waiselfisz.

Nos estados e capitais em que eram registrados os �ndices mais altos de homic�dios, como em S�o Paulo e no Rio de Janeiro, houve redu��o significativa de casos, devido aos investimentos na �rea. S�o Paulo, atualmente, � o estado com a maior queda nos �ndices de homic�dios de jovens nos �ltimos 15 anos (-86,3%). A Regi�o Sudeste � a que tem o menor percentual de morte de jovens por causas n�o naturais e violentas (57%).

Em contraponto, Natal (RN), considerado um novo polo de viol�ncia, � a capital que registrou o maior crescimento de homic�dios de pessoas entre 15 e 24 anos – 267,3%. A regi�o com os piores �ndices � a Centro-Oeste, com 69,8% das pessoas nessa faixa et�ria mortas por homic�dio.


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