Prefeitura do Rio trabalha para evitar a repeti��o de falhas no sistema de transporte

A prefeitura carioca prometeu trabalhar para evitar a repeti��o dos problemas registrados na ter�a-feira com os �nibus e o metr�, que atrapalharam o deslocamento dos peregrinos tanto para chegar como para sair da Praia de Copacabana, onde ocorreu a cerim�nia religiosa que abriu oficialmente a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). “Todas as medidas j� foram tomadas para que esses epis�dios n�o se repitam no dia de quinta e na sexta-feira”, disse nesta quarta o prefeito Eduardo Paes, em entrevista � imprensa no Centro de M�dia da JMJ.

O prefeito ressaltou que os eventos da jornada programados para os pr�ximos dois dias preveem a participa��o do papa Francisco. Paes considerou inaceit�vel que motoristas de �nibus n�o tenham parado na Avenida Brasil para atender �s pessoas, inclusive peregrinos, que demandavam esse servi�o. “Os cons�rcios j� foram comunicados e ser�o multados e punidos por isso, porque causam constrangimentos �queles que nos visitam e transtornos para a popula��o”.

Ele admitiu que “conting�ncias acontecem”, sobretudo quando se trata do escoamento de cerca de 1,5 milh�o de pessoas, que s�o aguardadas nos eventos que ter�o a presen�a do papa, na Praia de Copacabana. Por isso, pediu que as pessoas sejam informadas sobre as linhas de �nibus e de metr� que as levar�o e as trar�o dos locais dos eventos.

O planejamento de transporte para a festa de acolhida do papa, quinta-feira, em Copacabana, come�a a partir das 12h, com a proibi��o de entrada de autom�veis nas �reas exclusivas. Os �nibus e t�xis circular�o de maneira refor�ada at� as 14 horas, quando os acessos ao bairro ser�o totalmente fechados ao tr�nsito, devendo ser reabertos somente �s 4 horas da manh� do dia seguinte, informou o secret�rio municipal de Transportes, Carlos Roberto Os�rio. A interdi��o para estacionamento na Avenida Atl�ntica come�a a partir da meia-noite desta quarta.

Ser�o montados dois terminais de �nibus para embarque e desembarque dos fi�is, replicando a opera��o feita com sucesso no r�veillon deste ano. Os dois terminais funcionar�o na Enseada de Botafogo, para atender quem vem do centro e da zona norte, e em Ipanema, na Rua Prudente de Moraes, para quem procede das zonas sul e oeste. Ficou acertado com a organiza��o da JMJ que por meio de um sistema de �udio e v�deo ser�o dadas informa��es em tr�s idiomas (portugu�s, ingl�s e espanhol) para orientar as pessoas em rela��o � sua locomo��o. Mais dois pontos de embarque e desembarque menores ser�o montados no Cemit�rio S�o Jo�o Batista, em Botafogo, e no Corte do Cantagalo, na Lagoa.

Os�rio lembrou que o metr� s� far� o transporte de passageiros que apresentarem ingressos com hor�rio marcado, dispon�veis para os dias 25 e 26. “Ainda existem ingressos dispon�veis [para venda]”, disse o prefeito Eduardo Paes. O secret�rio de Transportes acrescentou que o metr� “s� aceitar� esses ingressos especiais nos dois dias, porque 100% da capacidade do metr� estar�o direcionados para Copacabana”. No bairro funcionar�o as esta��es Cardeal Arcoverde e Siqueira Campos. Os peregrinos tamb�m precisar�o trocar os bilhetes pelos ingressos especiais na Esta��o Carioca do metr�. At� o in�cio desta tarde, o secret�rio informou que 70 mil peregrinos j� haviam retirado o cart�o especial.

Eduardo Paes informou que os �nibus de turismo fretados para os dois eventos com o papa que chegarem � cidade ser�o identificados pela Pol�cia Rodovi�ria Federal e conduzidos para um terminal na Ilha do Fund�o. Ali, �nibus urbanos estar�o preparados para levar os peregrinos at� a Enseada de Botafogo, de onde eles seguir�o a p� at� Copacabana. O mesmo ocorrer� para o transporte dos fi�is que chegarem � cidade pela Rodovi�ria Novo Rio e pelos trens da SuperVia, na Central do Brasil. O prefeito deixou claro que o objetivo � diminuir os erros e ampliar a oferta de servi�os para os peregrinos.

O prefeito avaliou que apesar da falta de energia no sistema do metr�, que parou por duas horas, impedindo os peregrinos de chegarem mais cedo � missa de ter�a, com a celebra��o de dom Orani Jo�o Tempesta, arcebispo do Rio, a alternativa B, que s�o os �nibus, funcionou, embora com mais dificuldade.

Eduardo Paes avaliou que de todos os eventos que a cidade recebe, a JMJ �, sem d�vida, o mais complexo por sua caracter�stica de imprevisibilidade. “� o inusitado”. Analisou que apesar de a prefeitura estar identificando os problemas e trabalhando para que eles n�o voltem a ocorrer, “n�s vamos ter sempre a possibilidade do inusitado”. Insistiu que n�o � f�cil escoar uma multid�o, como a esperada para os dois eventos de amanh� e sexta-feira com o papa, se essas pessoas resolverem se retirar ao mesmo tempo.