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Estado de Minas

Ex-comandante da Rota deve ser interrogado hoje sobre o Massacre do Carandiru


postado em 01/08/2013 10:55 / atualizado em 01/08/2013 11:17

O ex-comandante da Rota (2011-2012), Salvador Madia, dever� ser interrogado na tarde desta quinta-feira, 1, a partir das 13h, no j�ri dos PMs acusados de matar 73 detentos no Carandiru em outubro de 1992, que come�ou na segunda, 29. Ele ser� o �ltimo dos cinco r�us que aceitaram responder �s perguntas diante dos jurados, entre os 25 policiais denunciados por causa da invas�o no 2º andar do Pavilh�o 9 da Casa de Deten��o. O r�u n�o poder� sair do F�rum Criminal da Barra Funda at� ser interrogado. Ele aguardar� em um dormit�rio dentro do f�rum.

Nessa quarta-feira, 31, foram ouvidos quatro r�us - todos oficiais. Dezoito pra�as (PMs que ingressaram como soldados) na �poca dos fatos exerceram o direito de ficar calados.

O interrogat�rio do �ltimo r�u que falou diante dos jurados nessa quarta terminou �s 2h45. A audi�ncia come�ou �s 11h45 e durou 15 horas, com intervalos. Uma das primeiras perguntas feitas ao tenente-coronel Edson Pereira Campos pelo juiz Rodrigo Tellini foi se ele entendia qual era a acusa��o. "N�o entendo a acusa��o. Efetuei um disparado e estou sendo processado por 73 homic�dios", respondeu o r�u, que era soldado na �poca dos fatos.

Ele disse que n�o chegou a ver nenhum preso nu. A mesma pergunta foi feita aos demais r�us ouvidos ao longo do terceiro dia de j�ri: o coronel Valter Alves Mendon�a, capit�o da tropa que est� sendo julgada nesta fase do processo, e o tenente coronel Carlos Alberto dos Santos. Corpos foram encontrado nus, segundo o Minist�rio P�blico, sinal de que foram mortos rendidos.

D�vidas

A promotoria usou os interrogat�rios dos r�us que concordaram em responder �s perguntas para tra�ar contradi��es entre os depoimentos. Uma das diferen�as nas vers�es � o fato de eles n�o recordarem os colegas que se feriram e alegarem terem sido atacados pelos detentos, o que faria que uns tivessem visto os outros ao recuarem. Al�m disso, os promotores mostraram uma planta do 2º andar do Pavilh�o 9 e procuraram saber detalhes sobre o ponto onde teria havido confrontos. Houve diferen�as nos relatos e falhas de mem�ria.

"Eu poderia dizer isso h� 20 anos atr�s, quando eu tinha uma mem�ria mais precisa. Estou aqui hoje prestando declara��es ap�s 21 anos. Estou tentando exprimir o que a minha mem�ria permite", disse Campos.

A defesa mostrou uma imagem onde PMs aparecem em frente de presos nus carregando corpos. Os r�us disseram que os uniformes n�o eram compat�veis com a Rota. "N�o � do meu pelot�o, n�o", disse Santos. O tenente-coronel enfatizou tamb�m que � processado apenas por que efetuou disparos no dia da invas�o. "T�m outros batalh�es de choque que fizeram os disparados e n�o est�o aqui".

O principal testemunho do dia foi o coronel Valter Alves Mendon�a, que descreveu uma opera��o de 15 minutos em que n�o cita nenhuma das 73 mortes pelas quais mais 24 policiais s�o julgados nesta semana. Mendon�a centrou sua vers�o de que � inocente somente falando por si e sua participa��o na invas�o. Respons�vel pelos demais integrantes da equipe encarregada de dominar um dos pavimentos do Pavilh�o 9, a expectativa era que ele desse informa��es sobre a conduta da tropa. No entanto, ele se limitou a dizer que participou de tr�s confrontos, ficou ferido e se retirou do local, levando para atendimento m�dico outros policiais e detentos atingidos. Ele n�o falou de mortos nem corpos. Havia apenas presos "gemendo de dor".


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