N�o � do pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 47 anos, a mancha de sangue encontrada no banco de tr�s da viatura da PM que o levou de sua casa at� � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, em 14 de julho. Amarildo est� desaparecido desde ent�o. Na manh� de quarta-feira, 31, dois filhos do pedreiro estiveram no Instituto de Pesquisa e Per�cias em Gen�tica Forense (IPPGF) da Pol�cia Civil do Rio, no centro, para ceder amostras de sangue para exame de DNA. O sangue deles n�o � compat�vel com o encontrado na viatura da PM.
Marfan Vieira reuniu-se na quarta-feira com Anderson Gomes de Souza, um dos filhos do pedreiro. "Posso garantir que o MP conduzir� o caso com empenho e interesse. Um atentado aos direitos humanos � sempre tratado como prioridade em nossa institui��o", afirmou o chefe do MP-RJ, ap�s o encontro.
O governador S�rgio Cabral (PMDB) voltou a prometer nesta quinta-feira que a pol�cia vai esclarecer o sumi�o de Amarildo. "Somos os primeiros a querer saber onde est� o Amarildo. Em comunidades com UPP, os �ndices de criminalidade ca�ram barbaramente. N�o tem situa��es como a do Amarildo como tinha no passado. Queremos descobrir onde est� o Amarildo, o que fizeram com ele, e quem fez. O secret�rio de Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame, est� envolvido pessoalmente. N�o posso estabelecer prazo, mas voc� pode estar certo que n�s temos todo o compromisso de esclarecer o que foi feito, onde est� Amarildo, e pegar os respons�veis", disse Cabral, em entrevista � R�dio CBN.
Moradores da Rocinha convocaram atrav�s de redes sociais mais uma manifesta��o cobrando solu��o para o desaparecimento de Amarildo. O protesto est� marcado para come�ar �s 17h30, com concentra��o na passarela da Rocinha na Autoestrada Lagoa-Barra, principal via de liga��o da zona sul com a Barra da Tijuca e a zona oeste da cidade. At� o meio-dia, mil pessoas haviam confirmado presen�a.
O jornal O Estado de S. Paulo noticiou nesta quinta que a Corregedoria da Pol�cia Militar do Rio instaurou inqu�rito policial militar (IPM) para apurar as circunst�ncias do sumi�o do pedreiro. Todos os PMs que est�o sendo investigados est�o afastados da UPP Rocinha e cumprem expediente administrativo na sede da Coordenadoria de Pol�cia Pacificadora (CPP), no Complexo do Alem�o, zona norte. Os policiais militares, que j� foram interrogados pela Pol�cia Civil, ser�o novamente ouvidos pela Corregedoria da PM. O �rg�o vai receber c�pias do procedimento da 15ª Delegacia de Pol�cia (G�vea), que apura o caso como desaparecimento.