O Conselho Federal de Medicina (CFM) reafirmou que a baixa ades�o ao Programa Mais M�dicos ocorreu porque os profissionais brasileiros tiveram dificuldades para se inscrever. O conselho recebeu relatos de m�dicos que n�o conseguiram fazer a inscri��o, sendo prejudicados. O CFM encaminhou den�ncia ao Minist�rio P�blico Federal e � Pol�cia Federal solicitando o acompanhamento do processo de inscri��o.
“Infelizmente, as hist�rias contadas por nossos colegas mostram que h� uma a��o deliberada para dificultar a inscri��o dos m�dicos brasileiros no Mais M�dicos”, disse em nota o presidente do conselho, Roberto d’�vila.
O Minist�rio da Sa�de anunciou hoje que 938 m�dicos com diploma brasileiro confirmaram participa��o no programa, equivalente a 6% da demanda de 15.460 profissionais solicitados pelos munic�pios.
Em relatos recebidos pela entidade, m�dicos contam que, apesar de terem selecionado trabalhar em cidades do interior, foram lotados em capitais ou regi�es metropolitanas.
Na nota, o conselho cita o caso de um m�dico baiano que “inicialmente, solicitou inscri��o para a cidade onde j� morava, Canavieiras, mas foi encaminhado para Itaparica, munic�pio vizinho a Salvador, com mais equipamentos do que a primeira op��o do candidato”.
Ao rebater as cr�ticas de falhas nas inscri��es, o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, cobra a apresenta��o de provas, por se tratar de acusa��es s�rias sobre a conduta de servidores. De acordo com Padilha, a maioria dos registros nos conselhos regionais de Medicina (CRMs) considerados inv�lidos no processo de inscri��o foi digitada de forma aleat�ria propositalmente, e n�o invalidados por eventuais erros do sistema, como argumenta o CFM.
Desde o lan�amento do Mais M�dicos, as entidades representativas da categoria criticam o programa por prever a atua��o de m�dicos estrangeiros sem revalida��o do diploma. A categoria critica tamb�m o fato de o programa prever bolsa-forma��o como forma pagamento.
Na divulga��o do balan�o do programa, Padilha levantou a possibilidade de buscar parcerias com outros pa�ses para trazer m�dicos para o Brasil, medida contestada pelas principais entidades m�dicas - que argumentam n�o haver falta de profissionais no pa�s.