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Estado de Minas

Procurador diz que novo laudo n�o altera a condena��o do casal Nardoni

Promotor do caso questiona origem do documento e diz que peritos usados no processo n�o estiveram acesso ao corpo da crian�a para investigar os ferimentos


postado em 09/08/2013 09:01 / atualizado em 09/08/2013 09:20

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram considerados culpados durante o julgamento ocorrido em 2010(foto: Grizar Junior/Futura Press )
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob� foram considerados culpados durante o julgamento ocorrido em 2010 (foto: Grizar Junior/Futura Press )

O procurador de Justi�a Francisco Cembranelli, que foi o promotor do caso Isabella Nardoni, afirma que um novo laudo sobre o assassinato da menina n�o ser� capaz de provocar uma reviravolta na condena��o. O relat�rio, feito nos Estados Unidos a pedido do advogado de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob�, mostra que os ferimentos no pesco�o de Isabella n�o teriam sido feitos por m�os.

Cembranelli disse que a per�cia contestada pelo novo laudo n�o � a �nica que coloca o casal na cena do crime. Isabella foi morta em 2008, aos 5 anos. Em 2010, o pai e a madrasta da menina foram condenados pelo assassinato. O procurador questiona a isen��o do relat�rio feito pelo diretor do Instituto de Engenharia Biom�dica da George Washington University, James K. Hahn, a pedido do advogado do casal, Roberto Podval. “N�o tive acesso ao material, mas me parece que foi encomendado pelo advogado de defesa. Quando voc� contrata um parecer, a opini�o � ao gosto do fregu�s, � o que o cliente espera para utilizar em sua defesa.”

Segundo Cembranelli, a conclus�o dos peritos de S�o Paulo sobre os ferimentos foi determinada por profissionais que “tiveram Isabella nas m�os durante 9 horas e n�o apenas por fotografias”. “Os peritos manusearam o corpo, fotografaram, deram depoimento na Justi�a. Essa prova n�o foi feita por um cidad�o que pegou o caso por fotografia, cinco anos depois, e comparou com um molde das m�os do casal.”

O procurador afirma ainda que per�cias brasileiras apontam que o arbusto do jardim estava intacto ap�s a queda da menina. “� mentira que ela tenha arranhado o pesco�o no arbusto (uma das possibilidades apontadas pelo laudo americano).” Sobre a possibilidade de a Justi�a aceitar a an�lise de contesta��o das provas em habeas corpus, ele afirma que n�o v� probabilidade de o relat�rio ser aceito.

“N�o se costuma permitir a discuss�o do m�rito em habeas corpus. Mas como no Brasil tudo � poss�vel e os habeas corpus s�o interpostos a cada semana, tratando o mesmo tema, pode ser at� que algum tribunal aceite discutir essa quest�o. O importante � que n�o vai alterar nada, temos outras provas.”

Provas
Entre os documentos levantados pelo Minist�rio P�blico est� o GPS que coloca o casal no apartamento no momento em que a menina foi jogada, al�m de per�cia nas roupas do casal e reagentes que indicaram sangue pelo apartamento. “H� ainda a reprodu��o simulada do fato, feita por uma equipe de 20 profissionais, no pr�prio edif�cio em que ocorreu o crime. Foram tamb�m ouvidas pelo menos 80 pessoas no processo que trouxeram toda a hist�ria de vida dos envolvidos e as testemunhas que ouviram no pr�dio ao lado o casal discutindo imediatamente ap�s a menina ter sido jogada.”

Ele diz ainda que o caso est� sendo discutido no Superior Tribunal de Justi�a (STJ). Entre as quest�es levantadas pelos advogados est�o a alega��o de cerceamento de defesa e a divulga��o do caso pela imprensa al�m do que deveria, o que poderia ter comprometido o entendimento do j�ri. “S�o quest�es perif�ricas que n�o t�m a ver com o m�rito”, ressaltou.


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