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Estado de Minas

Anistia Internacional cobra das autoridades desfecho do caso Amarildo

Organiza��o promove ato de solidariedade na manh� deste domingo, Dia dos Pais, na Rocinha


postado em 11/08/2013 09:58 / atualizado em 11/08/2013 10:02

A Anistia Internacional promove na manh� de hoje (11), na comunidade da Rocinha, um ato de solidariedade � fam�lia do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, cujo desaparecimento vai completar um m�s, no pr�ximo dia 14. Amarildo desapareceu no dia 14 de julho, quando foi levado por policiais da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha, e nunca mais foi visto.

A assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Renata Neder, disse � Ag�ncia Brasil que a��es e atividades de mobiliza��o s�o feitas normalmente pela organiza��o n�o governamental. As a��es de solidariedade s�o promovidas em apoio a fam�lias ou pessoas que s�o v�timas de viol�ncia, est�o em situa��o de risco ou t�m seus direitos violados. Na segunda-feira passada (5), a Anistia lan�ou um apelo para que todos os seus membros, no mundo inteiro, escrevam cartas fazendo uma demanda. “Nesse caso, a gente lan�ou uma a��o urgente, pedindo investiga��o sobre o paradeiro do Amarildo”.

Renata informou que a decis�o de fazer o ato de solidariedade hoje (11), quando se comemora o Dia dos Pais, objetiva “brincar que, neste domingo, seremos todos filhos e filhas do Amarildo, esperando ele voltar para casa. � um ato de solidariedade com a fam�lia, mas tamb�m refor�ando esse pedido de investiga��o do caso”.

A assessora destacou a import�ncia de se come�ar a discutir, tamb�m, outros fatos que permanecem sem resposta at� hoje. Um deles � que, se Amarildo foi detido para averigua��o por ser parecido com algum traficante para o qual havia um mandado de pris�o, por que ele foi levado para a UPP e n�o para uma delegacia de pol�cia, como seria o correto, indagou Renata Neder. “Foi um procedimento que n�o � o correto”.

� preciso indagar tamb�m as autoridades, segundo ela, para saber por que o aparato de seguran�a instalado em �rea de UPP “e, inclusive, na Rocinha”, n�o funcionou naquele dia. “As c�meras que vigiariam a entrada e a sa�da da sede da UPP na Rocinha n�o estavam funcionando e, portanto, � imposs�vel ver a imagem do Amarildo saindo pela porta, como os policiais dizem que aconteceu”.

Outra pergunta se refere ao equipamento de GPS (Sistema de Posicionamento Global, por sat�lites) dos carros da pol�cia que, segundo informa��es, estavam tamb�m desligados no dia do desaparecimento do ajudante de pedreiro. “Afinal de contas, todos esses instrumentos, as c�meras, por exemplo, n�o podem servir somente para vigiar a popula��o da Rocinha. T�m que ser para garantir seguran�a e, inclusive, garantir transpar�ncia � a��o da pr�pria pol�cia. Afinal, a pol�cia est� ali agindo em nome do estado e deve existir total transpar�ncia em rela��o ao que a pol�cia est� fazendo”, disse.

Outra coisa que preocupa a Anistia Internacional � a tentativa de se criminalizar de alguma forma a fam�lia do Amarildo, disse a assessora de Direitos Humanos da organiza��o. Segundo ela, o relat�rio apresentado pelo ex-delegado adjunto da 15ª Delegacia Policial (DP) da G�vea, na zona sul da cidade, Ruchester Marreiros, aponta envolvimento do pedreiro Amarildo de Souza e da mulher dele com o tr�fico de drogas da comunidade. O delegado titular da 15ª DP, Orlando Zaccone, contesta essa avalia��o. Zaccone assegura que o material colhido durante as investiga��es n�o garantem o indiciamento da mulher e de Amarildo nem comprovam o envolvimento deles com o tr�fico. Marreiros foi transferido para a Delegacia de Repress�o a Crimes de Inform�tica.

“Esse relat�rio insinuando o envolvimento da fam�lia de Amarildo com o tr�fico � muito grave por dois motivos. Nem que a fam�lia de Amarildo tivesse envolvimento com o tr�fico, n�o seria justific�vel que ele sumisse. A gente vive em um Estado Democr�tico de Direito e existe um devido processo legal de investiga��o, de indiciamento, julgamento e aplica��o das penas cab�veis”. O segundo ponto, disse Renata, � que essas acusa��es “n�o procedem”. Ela acredita que as insinua��es feitas parecem ser “uma tentativa de criminalizar a v�tima para desviar o foco do que deveria ser de fato a investiga��o sobre o paradeiro do ajudante de pedreiro”. O estado tem que dar um desfecho para esse caso, ser capaz de investigar e dizer o que ocorreu e punir os respons�veis pelo desaparecimento do Amarildo, declarou Renata.


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