Seis meses ap�s a prefeitura ocupar o terreno onde funcionava a principal cracol�ndia do Rio, �s margens da Avenida Brasil, e em frente � Favela Parque Uni�o, o n�mero de usu�rios de crack na regi�o caiu, segundo o secret�rio municipal de Desenvolvimento Social, Adilson Pires. No entanto, ainda � poss�vel ver que v�rios usu�rios voltaram a ocupar a cal�ada que divide as pistas lateral e central da Avenida Brasil e um homem, com sinais de depend�ncia qu�mica, invadiu nesta segunda a via no sentido centro. Ele se ajoelhou no meio da pista, colocando em risco a pr�pria vida e de motoristas. Identificado como Jeremias, o homem foi retirado da avenida pela pol�cia e pelo Corpo de Bombeiros e levado para a Delegacia de Bonsucesso, depois foi liberado.
Para o secret�rio, o epis�dio de hoje foi um fato isolado. "O fluxo de usu�rios de crack e de outras subst�ncias na regi�o t�m diminu�do nos �ltimos meses gra�as � cria��o de um Centro de Refer�ncia Especializado de Assist�ncia Social (Creas)", disse. Segundo Pires, o centro � formado por psic�logos, advogados e assistentes sociais que trabalham no acolhimento volunt�rio, tentando convencer os usu�rios a buscar tratamento. "Antigamente, nossa chegada a esses locais era vista como a chegada do inimigo pelos dependentes. Hoje, nossa abordagem � cautelosa, com conversa, com carinho pelas pessoas. Esse � um trabalho que v�m dando certo, e a medida que ele vai sendo bem-sucedido, n�s esperamos expandi-lo para outras localidades da cidade", disse Pires, acrescentando que desde o funcionamento do Creas, foram feitos 1.830 atendimentos a moradores de rua, a maioria adultos. "Desde a retomada da cracol�ndia pela prefeitura, n�s j� atendemos 1.760 adultos, 66 adolescentes, tr�s idosos, uma crian�a e 26 gestantes. Foram 410 encaminhamentos para pernoite na Central de Recep��o de Adultos e Fam�lias, 268 acolhimentos institucionais nas unidades de Reinser��o Social do munic�pio, 24 para atendimentos de sa�de e 13 para documenta��o civil", informou. De acordo com o secret�rio, o Creas Itinerante tamb�m atua em conjunto com a equipe do Consult�rio na Rua, que presta cuidados de sa�de e encaminha para tratamento da depend�ncia qu�mica. "N�s tamb�m temos um canal para que os usu�rios possam se expressar chamado a voz do usu�rio. Nele, os acolhidos podem escrever, pintar e desenvolver atividades registrando momentos da vida", disse.