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Estado de Minas

Fila para transplante de f�gado pode chegar a 500 pessoas no Rio, diz m�dico


postado em 24/08/2013 12:39

A fila para transplantes de f�gado no Rio de Janeiro tem entre 400 e 500 pessoas, sendo que muitas morrer�o esperando por uma cirurgia. O diagn�stico � do m�dico L�cio Pacheco, coordenador do Centro Estadual de Transplantes (CET), unidade inaugurada este ano, que j� fez 45 transplantes de f�gado em adultos e tem meta de chegar a 100 cirurgias at� o fim deste ano. A mesma equipe m�dica tamb�m efetuou nove transplantes em crian�as, no Hospital Estadual da Crian�a, com meta de chegar a 20 at� dezembro.

“A gente acredita que conseguir� fazer, no estado do Rio, uns 160 transplantes de f�gado, no sistema p�blico e privado. E a gente sabe que parte dessa fila vai morrer esperando um f�gado. Um doente que espera um transplante de f�gado n�o tem nenhuma m�quina que o mantenha vivo. Ou ele transplanta logo, ou morre. N�o fica vivo muito tempo na fila. � uma dura realidade”, disse Pacheco.

Em m�dia, um paciente tem indica��o de transplante de f�gado quando sua expectativa de vida � de dois anos, momento em que ele entra na fila, ordenada pelo crit�rio de gravidade da doen�a. O primeiro f�gado vai para o doente mais grave, baseado em exame de laborat�rio.

“Nos dois �ltimos anos, o Rio registrou um salto de quatro doadores por milh�o de habitantes para 15 doadores por milh�o. Isso aumentou a quantidade de �rg�os ofertados � popula��o e os centros existentes anteriormente n�o teriam condi��o de atender a essa maior oferta. Nossa m�dia de transplantes no CET � a mesma do Hospital Israelita Albert Einstein, de S�o Paulo, que � o maior centro de transplantes de f�gado no Brasil”, disse.

De acordo com o m�dico, mesmo tendo quadruplicado o n�mero de doadores por milh�o, � preciso crescer mais, para atender �s necessidades por transplantes de f�gado no estado. Na Espanha, o pa�s que tem maior n�mero de doadores, s�o 30 doadores por milh�o. Nos demais pa�ses da Europa, est� em torno de 25, e nos Estados Unidos, 24.

“O Brasil tem dois estados que j� ultrapassaram a barreira dos 20 [doadores por milh�o]: Santa Catarina e Cear�. No Rio de Janeiro, esperamos chegar pr�ximo de 20 em 2014. Nossa meta � chegar a 22. Precisamos continuar crescendo.”

O coordenador do CET destacou que a maior causa isolada de doen�as do f�gado � a hepatite C, que tem preval�ncia de 1% a 2% no Brasil, o que significa de 2 milh�es a 4 milh�es de brasileiros infectados pelo v�rus. Dos casos de cirrose hep�tica, 40% s�o devidos � hepatite C e mais 20% ao uso abusivo de �lcool. A hepatite C � uma doen�a silenciosa, que ao apresentar sintomas j� comprometeu o f�gado. Sua transmiss�o � basicamente por meio de transfus�es sangue e o compartilhamento de seringas infectadas. Se diagnosticada precocemente, a hepatite C � cur�vel, em um tratamento de um ano.

Outra doen�a que vem causando grande n�mero de indica��es de transplantes de f�gado � a esteatose hep�tica, que vem a ser o ac�mulo excessivo de gordura no f�gado, causado por m� alimenta��o e sedentarismo.

O CET foi inaugurado em fevereiro deste ano, funcionando dentro do Hospital S�o Francisco de Assis na Provid�ncia de Deus, na Tijuca, que inclusive recebeu a visita de papa Francisco em julho. Pacheco prev� que, para o pr�ximo ano, seja poss�vel aumentar em 50% o n�mero de cirurgias de transplantes, dependendo basicamente da contrata��o de pessoal. Outras informa��es podem ser acessadas pela p�gina do hospital na internet: www.franciscanosnaprovidencia.org.br.

Para ajudar a diminuir a fila por transplantes de f�gado, o m�dico recomenda que sejam feitas campanhas de divulga��o na m�dia, principalmente por meio de filmes e novelas, para conscientizar a popula��o da import�ncia de se fazer a doa��o. O f�gado resiste at� 12 horas para transplante e por isso a decis�o de doar o �rg�o deve ser tomada o mais rapidamente poss�vel pelo doador e pela fam�lia. Um �nico f�gado tem a capacidade de salvar at� duas pessoas, pois uma parte maior pode ser transplantada em um adulto e uma parte menor em uma crian�a.


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