A rede p�blica de sa�de perdeu quase 13 mil leitos entre janeiro de 2010 e julho deste ano, aponta levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com dados do Minist�rio da Sa�de. Enquanto a maioria das capitais apresentou alta, a redu��o teve mais impacto em regi�es metropolitanas ou no interior dos estados - para onde ser�o deslocados os profissionais do Mais M�dicos.
Segundo o estudo, 14 capitais conseguiram elevar as taxas, como Aracaju (SE) e Cuiab� (MS). Os dados, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Sa�de (CNES), incluem leitos de interna��o (ambulatoriais) e complementares (UTI).
As especialidades mais atingidas com o corte foram a psiquiatria (com perda de 7.449 leitos), a pediatria (5.992), a obstetr�cia (3.431) e a cirurgia geral (340). Os Estados do Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redu��o. No Rio de Janeiro, por exemplo, 4.621 leitos foram desativados desde janeiro de 2010. Minas Gerais perdeu 1.443 leitos e S�o Paulo perdeu 1.315. No Maranh�o, o corte chegou a 1.181.
Apenas nove Estados aumentaram o n�mero de leitos no per�odo: Rond�nia (629), Rio Grande do Sul (351), Esp�rito Santo (239), Santa Catarina (205), Mato Grosso (146), Distrito Federal (123), Amap� (93), Roraima (24) e Tocantins (9).
Mais M�dicos
Helv�cio Magalh�es, secret�rio de Aten��o em Sa�de do minist�rio, admite que h� uma redu��o de leitos ambulatoriais, mas afirma que houve um aumento de 63% no n�mero de leitos de UTI, que s�o mais complexos.
Ainda segundo Magalh�es, a queda nos leitos de obstetr�cia preocupa, pois o governo tem o programa Rede Cegonha e h� maternidades no interior fechando por causa da falta de m�dicos. Magalh�es diz que, por op��o do governo, os profissionais do Mais M�dicos n�o v�o suprir a car�ncia espec�fica dos hospitais, j� que eles atuar�o exclusivamente na aten��o b�sica. "Problemas de especialistas ser�o corrigidos em 2017 com a resid�ncia m�dica universal, outro bra�o do Mais M�dicos."