
Darlan socorreu o juiz Jo�o Batista Damasceno, da 1ª Vara de �rf�os e Sucess�es, que tinha sido instado pelo �rg�o Especial do TJ a tirar de sua parede o cartum enquadrado de Latuff, obra intitulada Por Uma Cultura de Paz. A censura foi motivada por um pedido do deputado estadual Fl�vio Bolsonaro (PP).
Bolsonaro acusa a obra de Latuff de ser difamat�ria em rela��o � Pol�cia Militar. A charge de Latuff mostra um policial de colete atirando com fuzil em um homem negro crucificado.
“Ainda censuram obras de arte!”, exclamou o desembargador Darlan que desafiou os insatisfeitos com seu ato a reclamarem ao presidente do STJ. “O quadro mostra um oper�rio sendo morto na cruz de seu dia a dia pela viol�ncia de uma pol�tica p�blica que declarou guerra aos pobres”, comentou.
Um amigo do desembargador resolveu provoc�-lo numa rede social: “Se o quadro retratasse a id�ntica figura de um cidad�o na cruz e, abaixo, um magistrado recebendo suposta propina pela venda de senten�a absolut�ria em favor do culpado, ainda seria, t�o somente, uma obra de arte?”, perguntou, ao que Darlan respondeu. “Evidente que sim, pois uma obra de arte � sempre uma mensagem a ser apreciada e interpretada, logo uma manifesta��o de livre pensamento constitucional do autor”.