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Estado de Minas

Palha�as promovem festival internacional no Rio de Janeiro

Mulheres buscam ganhar espa�o em uma profiss�o tradicionalmente masculina


postado em 22/09/2013 19:19

Elas lutam pela afirma��o da forma feminina de uma profiss�o tradicionalmente masculina. Elas s�o palha�as, cerca de 50 mulheres, do Brasil e do exterior, e  prometem alegrar o Rio de Janeiro, a partir desta segunda-feira (23), na quinta edi��o do Festival Internacional de Comicidade Feminina – Esse Monte de Mulher Palha�a. O evento, que vai at� o pr�ximo domingo (29), ter� dez espet�culos, oficinas sobre o universo circense e uma exposi��o fotogr�fica, com entrada gratuita.


A programa��o ocorrer� no Espa�o Sesc, em Copacabana, zona sul do Rio; na Escola Sesc, em Jacarepagu�, na zona oeste da cidade, e no Parque do Flamengo, onde ser� montada uma tenda de circo. A expectativa dos organizadores de Esse Monte de Mulher Palha�a � reunir pelo menos 2 mil pessoas.

A ideia do festival surgiu em 2003, quando as integrantes do grupo As Marias da Gra�a, pioneiro em palha�aria feminina no Brasil, participou de um evento internacional do g�nero, no Principado de Andorra. Dois anos depois, em 2005, o grupo realizava no Rio de Janeiro, contando apenas com recursos pr�prios, a primeira edi��o do festival, que desde ent�o vem se firmando como um evento bienal.

“N�s buscamos a comicidade com caracteriza��o e ponto de vista feminino, porque somos mulheres”, explica Geni Viegas, uma das atrizes-palha�as carioca que fundou o As Marias da Gra�a, juntamente com Samantha Anci�es, Karla Conc� e Vera Ribeiro. “Tradicionalmente, o palha�o � uma profiss�o masculina. Mesmo as mulheres que conseguiam romper essa tradi��o costumavam se apresentar como palha�os homens, ou seja, criando personagens masculinos”, conta Geni, a palha�a Mafalda.

Esse Monte de Mulher Palha�a foi o primeiro festival internacional de comicidade feminina realizado no Brasil e o terceiro no mundo. Esta quinta edi��o traz um diferencial: as atra��es internacionais s�o quase exclusivamente latino-americanas - Col�mbia, Uruguai e Argentina - al�m do M�xico.

Entre as brasileiras, h� representantes do Cear�, Distrito Federal, de Minas Gerais, S�o Paulo e Santa Catarina, al�m do Rio de Janeiro. O premiado espet�culo Pelo Cano, do grupo paulista Las Ventanas, � uma das atra��es. Outro destaque � o catarinense A Garota da Capa, que tem dire��o do ingl�s John Mowat.

Sem abrir m�o do humor, as tem�ticas s�o variadas e algumas t�m um forte enfoque social. � o caso, por exemplo, do espet�culo O Cotidiano, no qual a palha�a argentina Valeria Berretta aborda, de forma divertida, a realidade de milh�es de mulheres que lutam para sobreviver e criar seus filhos sozinhas. J� a uruguaia Andrea Martinez representa uma dona de casa que se rebela, em Pachaska – Mujer Selvage.

As oficinas sobre palha�aria ser�o de segunda-feira (23) a quarta-feira (25) na Escola Sesc. De quinta (26) a domingo (29), o Espa�o Sesc recebe apresenta��es e a exposi��o fotogr�fica Palha�as Peladas – A Real Beleza, de Cris Mu�oz, que tamb�m far� palestra sobre as verdades e inadequa��es de ser palha�a perante a sociedade.

Para Geni Viegas, ainda h� preconceito contra a palha�a nos circos e at� mesmo em festivais de arte circense. “Este � mais um campo para a afirma��o da mulher”, disse. Mesmo fora do picadeiro, sua personagem Mafalda j� foi vista com estranheza. “Quando comecei a sair �s ruas caracterizada como palha�a, tinha gente que achava que eu era uma travesti”.


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