
O Corpo de Bombeiros tenta, nesta quinta-feira (26/9), conter uma fuma�a t�xica de um dep�sito carregado de nitrato de am�nio, em S�o Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, h� mais de 36 horas. Os bombeiros afirmaram que os gases j� atingem o Paran� e h� relatos de que o Sul de S�o Paulo tamb�m foi afetado. As equipes de socorro esperam alcan�ar o foco da rea��o qu�mica em cerca de quatro horas. Mais de 100 pessoas deram entrada em hospitais com sintomas de intoxica��o. Cerca de 150 fam�lias tiveram que abandonar as resid�ncias.
De acordo com o comandante Jo�o dos Santos J�nior, que coordena os 70 bombeiros volunt�rios que integram a for�a-tarefa, formada tamb�m por bombeiros militares, Defesa Civil, pol�cias Civil e Militar e Ex�rcito, o trabalho � prejudicado pela mudan�a na dire��o do vento na regi�o, que leva a fuma�a para diferentes lugares e a dist�ncias maiores. "� uma opera��o bastante complicada, primeiro por se tratar de uma situa��o em que h� desprendimento de vapores qu�micos asfixiantes. Todo o cuidado � necess�rio para evitar danos � sa�de da popula��o e ao ambiente. Al�m disso, a mudan�a na dire��o do vento dificulta o trabalho das equipes."
O comandante lembrou ainda que a divulga��o da informa��o de que a fuma�a � t�xica criou grande p�nico, e parte da popula��o, de 42 mil habitantes, deixou a cidade do litoral norte de Santa Catarina. A Defesa Civil informou que o nitrato de am�nio � uma subst�ncia oxidante e n�o t�xica, mas que mesmo assim pode causar rea��es no organismo humano. O material qu�mico est� sendo retirado pelas equipes e transportado por caminh�es para um p�tio. Assim que for alcan�ado o ponto central da queima, o local ser� inundado, de modo a baixar a temperatura e encerrar a rea��o qu�mica que provoca a fuma�a.
De acordo com os bombeiros, o inc�ndio - sem fogo ou calor- ocorreu na noite de ter�a-feira (24/9), quando produtos qu�micos do galp�o se misturaram e a rea��o qu�mica formou uma fuma�a com gases derivados do nitrato de am�nio. Se inalada, a subst�ncia pode causar irrita��o na garganta, n�useas e insufici�ncia respirat�ria. O Corpo de Bombeiros descarta a possibilidade de morte.
Em nota, o governo de Santa Catarina informou que as equipes trabalham para criar uma barreira de cont�ineres com o objetivo de direcionar o vento e evitar que a fuma�a atinja os profissionais que atuam no local. Al�m disso, lan�am jatos de �gua para resfriar a �rea e diminuir o risco de explos�o. Ainda no comunicado, o governo destaca que n�o h�, at� agora, informa��es sobre as causas da oxida��o. J� a Defesa Civil estadual emitiu nota informando que "os efeitos desse g�s podem ser comparado com os efeitos do g�s lacrimog�neo" e, por isso, n�o � considerado letal quando inalado.
Na quarta-feira (25/9), a Prefeitura de S�o Francisco do Sul decretou situa��o de emerg�ncia. Segundo o Corpo de Bombeiros, a decis�o tem como objetivo refor�ar as a��es de resposta ao desastre e a realiza��o de campanhas de arrecada��o de recursos, para facilitar as a��es de assist�ncia � popula��o afetada pelo desastre.
Com informa��es da Ag�ncia Brasil