A pris�o preventiva dos dez policiais militares (PMs) lotados na Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, lan�ou uma luz sobre suspeitas de pr�ticas de tortura na Rocinha.
Acusados de matar, torturar e ocultar o corpo do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, em julho, os PMs apresentaram ao Quartel-General da Pol�cia Militar, na Regi�o Central da cidade, na noite de sexta-feira, 4.
De acordo com a den�ncia do Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ), no dia 14 de julho, Amarildo, morador da Rocinha, foi levado para o Centro de Comando e Controle e, depois, para a sede da UPP da Rocinha, ap�s uma informante relatar para o soldado Douglas Vital que o ajudante de pedreiro conhecia o local onde estavam as armas e as drogas dos traficantes que dominam a parte baixa da favela. Em seguida, ele foi conduzido para o Parque Ecol�gico da Rocinha, pr�ximo � sede da UPP, na localidade conhecida como Port�o Vermelho. No local, Amarildo torturado pelos policiais militares e morreu em decorr�ncia das les�es. Depois, os PMs ocultaram o corpo.
O promotor Homero de Freitas destaca ainda na den�ncia que o major Edson, “inconformado com o fracasso da Opera��o Paz Armada, ocorrida no dia anterior, determinou aos demais policiais envolvidos no caso que localizassem e trouxessem para a UPP pessoas que fossem ligadas ao tr�fico, com a finalidade de extrair informa��es sobre a localiza��o das armas e drogas”.
Para o promotor, as investiga��es mostram que - desde o in�cio da gest�o do major Edson-, pessoas da comunidade vinham sendo sequestradas e torturadas pelos PMs acusados e por outros policiais ainda n�o identificados, com a inten��o de fornecerem informa��es sobre o tr�fico de entorpecentes na favela.