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Estado de Minas

Profissionais do Mais M�dicos encontram falta de estrutura no Distrito Federal

M�dicos avaliam trabalho de forma positiva apesar da precariedade das unidades de sa�de


postado em 06/10/2013 19:46

No Distrito Federal e nas cidades goianas do Entorno, pacientes com hipertens�o e diabetes foram os que mais procuraram os m�dicos que atuam no Programa Mais M�dicos no primeiro m�s de trabalho, segundo profissionais que est�o atuando na localidade. Na regi�o, pr�-natal e acompanhamento do desenvolvimento de crian�as com at� 1 ano tamb�m est�o entre as principais demandas.


Apesar de faltar �gua pot�vel no posto onde atua, problema que a prefeitura diz que ser� resolvido com a coloca��o do refil do purificador at� a semana que vem, a m�dica Keila Rodrigues diz que o balan�o do primeiro m�s de atua��o no programa � positivo. “� gratificante, porque eles demonstram que est�o satisfeitos de ter um profissional que � de direito deles”.

A m�dica est� trabalhando em �guas Lindas de Goi�s, cidade goiana que fica a cerca de 50 quil�metros de Bras�lia e onde a aten��o b�sica s� atende a 40% da popula��o. “Quando eu preciso vou a Brazl�ndia ou ao a Ceil�ndia procurar atendimento. Aqui � dif�cil demais, nunca tem m�dico”, relatou o representante comercial Lourival Alencar de 25 anos. Uma vendedora que n�o quis se identificar diz que faz o mesmo, j� que no munic�pio sempre � atendida por enfermeiros, que t�m uma atua��o restrita.

A prefeitura solicitou 14 m�dicos ao Programa Mais M�dicos, quatro foram designados para o munic�pio, mas apenas Keila est� atuando. Para uma popula��o com quase 160 mil habitantes segundo o IBGE, a chegada de uma m�dica nova � quase impercept�vel, mas para a popula��o que vive ao redor do posto, � significante a presen�a da profissional.

Segundo a m�dica, n�o � raro faltar �gua e luz no Posto Coimbra, que ficou cerca de dois meses sem m�dico antes da chegada da profissional do programa. Apesar disso, ela considera que a casa onde funciona o posto � "relativamente boa" e que s� para o atendimento quando as condi��es definitivamente impossibilitam. Keila tamb�m contou que seus pacientes praticamente n�o t�m acesso a exames na rede p�blica e que marcar consulta com um especialista, para esta popula��o, � muito dif�cil. “Costuma ser particular, � muito dif�cil”.

“Eu sempre tenho que pagar consulta em uma cl�nica particular que fica no centro de �guas Lindas. Mas agora que tem essa m�dica do lado de casa eu vou marcar para ver se d� certo”, disse a dona de casa Salete Moreira, de 48 anos.

No Coimbra as consultas s�o agendadas com anteced�ncia, o que evita filas de espera de madrugada. “Agendamos mais ou menos 12 pacientes para o turno, deixando algumas vagas para algum caso mais grave. Os pacientes s�o atendidos por ordem de chegada, mas a lista j� foi feita”, disse Laiane Raquel, recepcionista do posto. Ainda h� um turno da semana no qual s�o agendadas visitas domiciliares para doentes acamados e idosos.

J� em Novo Gama, cidade goiana com 120 mil habitantes e que fica a cerca de 40 quil�metros de Bras�lia, os pacientes do centro de sa�de que recebeu uma m�dica do programa reclamam que precisam chegar �s 6h e aguardar fora do posto, antes do hor�rio de funcionamento, para conseguir atendimento.

“A gente marca e consulta no mesmo dia, mas se chegar muito tarde n�o consegue ficha e tem que tentar de novo”, disse Aparecida Bezerra, comerciante de 57 anos, acrescentando que chega a esperar sete horas para ser atendida.

H� um m�s nesse centro de sa�de, Andreia Gon�alves relata que costuma atender entre 28 e 30 pacientes por dia. “O pr�dio recebeu uma reforma e est� bom, o problema � a falta de medicamento. Antes da metade do m�s acabam os rem�dios. Muitas vezes falta fita para medir glicemia, o aparelho de press�o � muito velho e o sonar, important�ssimo para fazer pr�-natal, foi para o conserto h� tr�s meses e ainda n�o voltou. �s vezes falta curativo, coisas b�sicas para a gente trabalhar”, relatou a m�dica.

Andreia � a �nica m�dica que faz atendimento b�sico no Posto Diagn�stico, que fica na regi�o central da cidade. Assim que ela chegou ao posto, o endocrinologista que estava "quebrando o galho" como cl�nico geral voltou a atender em sua especialidade. A m�dica determinou dias de consultas espec�ficas na semana, como o dia do pr�-natal, do diab�tico e hipertenso, e um dia de cl�nica geral, para quem n�o se encaixa nas especialidades determinadas. Ainda h� um dia espec�fico para atender os doentes que t�m dificuldade de locomo��o.

“Eu at� ouvi falar bem da m�dica nova, mas s� ela sozinha n�o d� conta. � sempre assim, a sala de espera cheia”, reclamou a dona de casa Gildete Lira, de 42 anos, que chegou antes das 6h da manh� e at� as 10h30 ainda n�o tinha sido atendida.

De acordo com Manuel Santana, secret�rio de Sa�de do Novo Gama, a aten��o b�sica s� atende 50% da popula��o. “Recurso tem, o que atrapalha � a burocracia”, disse � Ag�ncia Brasil. De acordo com o secret�rio, cada equipe de sa�de da fam�lia tem estrutura para atender uma popula��o de em m�dia 3.500 pessoas, n�mero orientado pelo Minist�rio da Sa�de. Mas como 50% da popula��o n�o est� coberta, pessoas de outras comunidades, tanto da cidade quanto de munic�pios vizinhos, buscam ser atendidas pelas 14 equipes que o munic�pio oferece.

Valpara�so de Goi�s, que fica a 36 quil�metros de Bras�lia, tamb�m recebeu um m�dico do Mais M�dicos. De acordo com a chefe da Unidade de Sa�de B�sica Santa Rita, Leinha Lopes, para onde foi designado o profissional, devido a uma reforma o m�dico s� est� trabalhando um turno. “A gente s� tem um consult�rio e dois m�dicos. Ent�o um m�dico fica pela manh� e o outro � tarde”, contou.


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