TJ-SP transfere l�der do PCC para Regime de isolamento

O Tribunal de Justi�a de S�o Paulo determinou nesta quinta-feira, 24, a interna��o do primeiro l�der do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Trata-se de Paulo C�zar Souza Nascimento Junior, o Paulinho Neblina, de 40 anos, que atua como suplente da c�pula da fac��o, a Sintonia Final Geral. Neblina � suspeito ainda de ter dado a ordem para que a organiza��o deflagrasse uma greve branca caso os seus l�deres fossem transferidos para o RDD.

Atualmente, a maioria da c�pula da fac��o est� na Penitenci�ria 2 de Presidente Venceslau, no oeste paulista. O Minist�rio P�blico Estadual (MPE), depois de tr�s anos e meio de investiga��o, pediu � Justi�a a decreta��o da pris�o de 175 acusados de dirigir a fac��o e a transfer�ncia de 35 deles para o RDD, em Presidente Bernardes, tamb�m na regi�o oeste de S�o Paulo.

Quando tomaram conhecimento do pedido - negado em primeira inst�ncia pela Justi�a -, a dire��o do PCC lan�ou a amea�a da greve branca, impedindo a entrada de novos detentos nas penitenci�rias paulistas. Em caso de interven��o da Tropa de Choque, a c�pula da fac��o amea�a retornar os atentados contra policiais nas ruas do Estado.

Neblina est� condenado a 82 anos de pris�o por sequestros. � apontado pelo MPE como um dos mais violentos presos do PCC. Nas intercepta��es feitas durante a megainvestiga��o, Neblina aparece em conversa de 7 de novembro de 2012 planejando a doa��o de uma ajuda de R$ 4 mil por m�s para as fam�lias de presos do PCC que fossem transferidos para penitenci�rias federais - esse foi o caso de um dos integrantes da c�pula, Roberto Soriano, o Tiri�a, que foi mandado para Porto Velho.

Em outra telefonema grampeado, o l�der do PCC � flagrado passando um “salve geral” - ordem para ser cumpridas por toda a organiza��o -, no qual determina que seus integrantes fiquem “de prontid�o nos pres�dios”.

Transfer�ncia
A decis�o de intern�-lo no RDD foi tomada pelo desembargador Jos� Amado de Faria Souza depois de o MPE recorrer da decis�o que negava o pedido. Para o desembargador, os fatos relatos s�o crimes permanentes - seus efeitos e sua pr�tica n�o se esgotam no passado, mas permanecem no presente -, pois os detentos continuam trabalhando para a fac��o.

Ainda nesta quinta, outro recurso foi julgado pelo TJ-SP. Trata-se do preso Claudio Barbar� da Silva, outro dos suplentes do PCC. Em seu caso, a Justi�a negou o recurso do MPE. Falta a Justi�a julgar ainda 33 recursos, entre eles o do l�der m�ximo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. (Colaborou Sandro Villar).