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Estado de Minas S�O PAULO

Antes de morrer, adolescente perguntou por que PM atirou, diz irm�o de 13 anos

O corpo de Douglas ser� enterrado nesta tarde; militar j� est� detido e diz que tiro foi acidental, mas testemunhas discordam da vers�o dada


postado em 28/10/2013 15:51 / atualizado em 28/10/2013 15:54

O corpo de Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos, que foi morto no domingo, por um policial militar em uma abordagem na Vila Medeiros, na zona norte de S�o Paulo, ser� enterrado na tarde desta segunda-feira, 28, no Cemit�rio Parque dos Pinheiros, tamb�m na zona norte. O vel�rio come�ou por volta das 6h em uma igreja da Avenida Roland Garros, no Jardim Brasil.

A regi�o foi alvo de protestos de vizinhos que, na noite de domingo, ap�s o assassinato, ficaram revoltados com a a��o da pol�cia. Na manifesta��o, com cerca de 300 pessoas, duas lota��es, um �nibus e um carro foram incendiados e lojas foram saqueadas. A PM interveio com bombas de g�s e balas de borracha para a dispers�o.

Os vizinhos alegam que Douglas, que era estudante do 3° ano do Ensino M�dio, foi abordado pelos policias e, sem ter reagido, levou um tiro. Os policiais sequer teriam falado com a v�tima. O policial Luciano Pinheiro Bispo foi autuado em flagrante pelo homic�dio e alega que o disparo foi acidental.

A v�tima estava acompanhada de um colega e um irm�o mais novo de 13 anos. O irm�o foi ouvido pela pol�cia e disse que eles iriam at� o pai de um colega avisar que queriam participar de um festival de pipas em Atibaia. Enquanto estavam na Rua Bacurizinho, no Jardim Brasil, conversando com o pai desse garoto, uma viatura passou deu a volta e um PM atirou contra o peito de Douglas, que estava no carona.

"Por que o senhor fez isso comigo?", teria dito a v�tima, de acordo com o irm�o. Ainda segundo ele, os policias ficaram nervosos e n�o sabiam o que fazer. Eles levaram 10 minutos para socorrer o rapaz. Ele foi levado inconsciente ao hospital, onde morreu.

O corpo de Douglas foi liberado do IML na manh� desta segunda. O motorista Jos� Rodrigues, de 44 anos, diz que o filho era um garoto trabalhador e que havia acabado de comprar um carro para usar quando completasse 18 anos, em fevereiro. O ve�culo modelo Gol custou R$ 5,5 mil - metade do valor havia sido paga por Douglas com o seguro desemprego. "O resto a gente v� o que vai fazer", disse o pai. Douglas trabalhava em uma lanchonete como chapeiro.


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