(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ser do bem faz bem: Mineiras criam rede coletiva de volunt�rios

A proposta do "Volunt�rio Coletivo" � articular profissionais de v�rias �reas que querem ajudar institui��es filantr�picas na sua �rea de atua��o, mas que n�o sabem por onde come�ar


postado em 01/11/2013 15:24 / atualizado em 01/11/2013 18:04

(foto: Carol Nogueira/Divulgação)
(foto: Carol Nogueira/Divulga��o)


Conhecer a dura realidade do Lar Teresa de Jesus - institui��o que presta apoio a pacientes oncol�gicos-, abriu as janelas do cora��o da Rela��es P�blicas, Nath�lia Sim�es, de 27 anos e das amigas Ana Possas, de 29 anos e Bruna Chaves, de 23.

A experi�ncia com a institui��o, mostrou a car�ncia de profissionais especializados no terceiro setor. "Foi pensando nisso que idealizamos a rede Volunt�rio Coletivo. Afinal, muita gente j� pensou em ser volunt�rio em alguma causa, mas �s vezes essa vontade vai ficando em segundo plano, principalmente pela dificuldade em encontrar uma atividade e local onde se possa ser �til", destaca Nath�lia.

A ideia � proporcionar um ponto de encontro entre volunt�rios e organiza��es que precisam desses profissionais e que n�o t�m condi��es de pagar. Assim por meio de um banco de dados essa conex�o � feita e o trabalho � realizado. Em tr�s meses de lan�amento da p�gina no Facebook j� tem mais de 700 pessoas interessadas em participar. Vale ressaltar que a divulga��o foi feita de forma viral.

"A princ�pio, divulgamos as oportunidades de voluntariado em nossa fanpage e aguardamos os contatos das pessoas. Nessa semana lan�amos uma landing page www.voluntario coletivo.com na qual os interessados poder�o fazer o pr�prio cadastro de suas habilidades. Ao mesmo tempo, as institui��es filantr�picas poder�o relatar suas principais necessidades.
O cadastro de volunt�rios e suas habilidades ser� estudado junto ao cadastro de necessidades das institui��es para realizarmos essa intermedia��o da melhor maneira poss�vel", aponta a jovem.

As mineiras est�o tentando criar um modelo de neg�cios colaborativo, em cocria��o com algumas pessoas que t�m ajudado a transformar a ideia inicial em projeto. Por isso, Nath�lia faz quest�o de dizer que o Volunt�rio Coletivo ainda est� em processo de formata��o.

A fot�grafa Carol Nogueira est� encantanda com a iniciativa. Ela foi uma das primeiras pessoas a se candidatar �s vagas. "Sempre que poss�vel, tento ser volunt�ria de projetos sociais. Isso � uma coisa minha, pois desde nova vejo minha m�e participando de campanhas e fazendo doa��es a institui��es que precisam. Cresci com a mentalidade de que eu preciso ajudar sempre", conta.

Carol Nogueira é fotógrafa e voluntária
Carol Nogueira � fot�grafa e volunt�ria
Carol conheceu a rede Volunt�rio Coletivo por meio do Facebook. "Apareceu nas minhas atualiza��es que um amigo tinha curtido a p�gina, curiosa, fui ver do que se tratava. Logo de cara, vi um post procurando fot�grafo volunt�rio. N�o pensei duas vezes e me candidatei e a experi�ncia foi linda. Foi a primeira vez que consegui conciliar a minha fotografia com um trabalho social e sem d�vida, a experi�ncia tem sido gratificante at� hoje. Me apaixonei pela iniciativa do VC e pelo Lar Teresa de Jesus, onde realizei o primeiro trabalho, afirma.

A fot�grafa diz que ao ser volunt�ria se sente �til, ativa fazendo algo bom e que vai al�m dos seus interesses pessoais. "� uma sensa��o �tima, como se eu retribu�sse pro mundo um pouco das coisas boas que sempre me aconteceram", finaliza.

As idealizadoras do projeto tamb�m est�o cheias de planos para devolver o bem aos volunt�rios. Segundo Nath�lia, a ideia � divulgar o trabalho deles na p�gina do grupo e tamb�m por meio de um blog. No futuro, as postagens poder�o se transformar em um livro.

Essa forma de incentivar a participa��o nem precisava estar nos planos, j� que segundo o livro "The Healing Power of Doing Good" escrito pelo americano Allan Luks e ex-diretor do "Instituto para o Avan�o da Sa�de de Nova York", as pessoas s�o naturalmente motivadas a buscar esse tipo de a��o, j� que as atividades volunt�rias trazem sensa��o de bem estar e ainda contribuem para melhoria da sa�de f�sica, mental e emocional.

Ser volunt�rio faz bem para a sa�de
Allan Luks reuniu diversos estudos sobre os benef�cios provocados pelo altru�smo e percebeu uma clara rela��o de causa e efeito entre ajudar os outros e ter boa sa�de. Ele tamb�m concluiu que h� um aumento da sensa��o de bem-estar durante a realiza��o de a��es filantr�picas e, conseq�entemente, uma redu��o nos n�veis de estresse e maior equil�brio emocional.

Segundo o pesquisador, ajudar os outros contribui para a manuten��o da boa sa�de e podem diminuir o efeito de doen�as e dist�rbios psicol�gicos e f�sicos leves e graves. Al�m disso, a onda de euforia ap�s a realiza��o de um ato de bondade contribui com a libera��o de analg�sicos naturais e endorfinas, provocando longo per�odo de calma e melhoria do bem-estar emocional.

Problemas de sa�de relacionados com o stress tamb�m podem melhorar significativamente ap�s a realiza��o de atos gentis. Ele observou ainda que ajudar os outros inverte sentimentos de depress�o, aumenta as fontes de contato social, reduz os sentimentos de hostilidade e isolamento (que podem causar aumento de peso e �lceras), diminui a constri��o dos pulm�es e ataques de asma.


Fazer o bem ainda aumenta o sentimento de auto-estima, aumenta a sensa��o de felicidade e otimismo, minimiza o sentimento de desamparo e fortalece o sistema imunol�gico.

Projeto pretende articular interessados
Projeto pretende articular interessados
Dados no Brasil

Em 2006, pela primeira vez, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica) realizou um levantamento de dados sobre o terceiro setor. A pesquisa foi desenvolvida a partir dos dados contidos no Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, onde foram identificadas as entidades relacionadas no grupo Assist�ncia Social.

Foram entrevistadas 16.089 entidades que prestavam os servi�os abrangidos pela pol�tica p�blica. Desse universo, foi mostrada uma participa��o oficial de 1,4% na forma��o do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), o que significa um montante de aproximadamente 32 bilh�es de reais. O terceiro setor � caracterizado pelas organiza��es sem fins lucrativos de origem privada. Isto �, ongs, sindicatos, funda��es, dentre outras.

O levantamento indicou tamb�m que das16.089 entidades de assist�ncia social, 51,8% se concentram no Sudeste, sobretudo S�o Paulo e Minas Gerais, seguida pela Sul (22,6%), Nordeste (14,8%), Centro-Oeste (7,4%) e Norte (3,4%). Indicando tamb�m que 32,6% das entidades t�m nos recursos p�blicos a principal fonte de financiamento e que mais da metade das institui��es direciona seu atendimento aos jovens.

Outro dado apontado � de que mais da metade dos ocupados em assist�ncia social faz trabalho volunt�rio Das 519.152 pessoas que atuavam nas entidades de assist�ncia social, 277.301 (53,4%) eram volunt�rios. Desses, 126.431 (45,5%) tinham n�vel m�dio, enquanto 76.409 (27,5%) tinham somente n�vel fundamental e n�mero muito semelhante (74.461 ou 26,8%) tinha forma��o superior. Dos n�o-volunt�rios (241.851 pessoas), 166.711 tinham v�nculo empregat�cio com a entidade, 22.942 eram prestadores de servi�os, 37.702, cedidos de outras empresas e 14.496 eram estagi�rios, remunerados ou n�o.

Conhe�a o projeto "Volunt�rio Coletivo":


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)