(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Sindicato diz que houve alerta de problema em guindaste do Itaquer�o


postado em 29/11/2013 08:21

A Construtora Odebrecht informou nessa quinta-feira em nota, que “n�o houve nenhum alerta pr�vio ao acidente” no est�dio do Corinthians, que resultou na morte de dois oper�rios. Na manh� de hoje, o deputado estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind�strias da Constru��o Civil (Sintracon-SP), Antonio de Sousa Ramalho, disse que um t�cnico de seguran�a da obra alertou o engenheiro do setor sobre problemas no guindaste, usado para i�ar o �ltimo m�dulo da cobertura do est�dio, e que acabou caindo e danificando parte da obra.

O alerta, segundo o presidente do sindicato, ocorreu por volta das 8h, horas antes do acidente, registrado �s 12h30. “Temos a informa��o de que um t�cnico [disse] que a partir das 8h sentiu que aquilo [guindaste] n�o estava seguro. Que vinha observando aquilo h� algum tempo, mas ficou na d�vida. Chamou o engenheiro de seguran�a, que comunicou ao engenheiro de produ��o. Me parece que o pr�prio engenheiro de seguran�a protocolou um documento [sobre o problema]”, contou Ramalho.

“O que o t�cnico [de seguran�a] me disse � que �s 8h chamou o engenheiro de seguran�a, que concordou com ele que estava inseguro e que havia sinais de que aquela torre [grua] poderia tombar”, acrescentou Ramalho. Mas, segundo o deputado, o engenheiro de produ��o disse que “estava 100% seguro e que n�o havia risco algum”.

A pe�a que seria instalada no est�dio pesava cerca de 420 toneladas. J� o guindaste usado tratava-se de uma torre de 114 metros, o maior em opera��o no Brasil e, segundo o ex-presidente do Corinthians e respons�vel pela obra, Andr�s Sanchez, suportava at� 1,5 mil toneladas.

“No momento da opera��o do guindaste, a �rea de a��o estava isolada, seguindo os procedimentos padr�es de seguran�a, e s� os trabalhadores que participavam do trabalho espec�fico tinham permiss�o para permanecer no local. Essa equipe era composta por 28 trabalhadores, todos eles treinados para procedimentos de emerg�ncia, o que com certeza contribuiu para evitar que o acidente tivesse maiores propor��es”, informou a Odebrecht, em nota.

Ainda no comunicado, a construtora disse que o sindicato presidido por Ramalho n�o representa os trabalhadores que fazem as opera��es de movimenta��o do guindaste e coloca��o da estrutura met�lica. “Esses trabalhadores s�o representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Ind�stria da Constru��o Pesada, Infraestrutura e Afins do Estado de S�o Paulo [Sintrapav SP]”. A informa��o foi confirmada � Ag�ncia Brasil pelo Sintrapav.

Representantes do Sintrapav, do Minist�rio P�blico de S�o Paulo, do Minist�rio do Trabalho, do Instituto de Criminal�stica e da Defesa Civil vistoriaram hoje a obra do Itaquer�o, como � conhecido o est�dio.

O diretor do Sintrapav, S�rgio Pereira Lima, negou ter conhecimento sobre qualquer alerta feito por oper�rios. “N�s, do sindicato, n�o tivemos nenhuma informa��o nem den�ncia de irregularidade desse guindaste”, disse.

Lima informou ainda que todos os equipamentos e m�quinas utilizados na obra, incluindo os guindastes, v�o ficar parados por prazo indeterminado.

Na avalia��o do diretor, ainda � cedo para se determinar as causas do acidente. “� muito cedo para falar alguma coisa at� que a per�cia tenha algo definido. Acompanhamos o Minist�rio P�blico e o Minist�rio do Trabalho l� dentro. Mas � muito cedo para falar se foi um erro humano ou um erro mec�nico at� porque o guindaste est� todo detonado. Esse j� n�o se usa mais”, disse � Ag�ncia Brasil.

“Essa era a �ltima pe�a [que seria instalada]. As outras tr�s, da ponta, tinham o mesmo peso, o mesmo tamanho. Foram feitas da mesma forma e n�o aconteceu nada. � a per�cia que vai falar o que realmente ocorreu”, acrescentou. Segundo ele, 37 pe�as, semelhantes � que caiu, foram instaladas no est�dio, sem que fossem detectados problemas.

Na pr�xima semana, segundo Lima, representantes da Odebrecht, dos sindicatos e do Minist�rio do Trabalho v�o se reunir para discutir o acidente. Em nota � imprensa, divulgada ontem, o Minist�rio P�blico do Trabalho em S�o Paulo informou que as �ltimas inspe��es t�cnicas “n�o constataram a exist�ncia de irregularidades cuja gravidade pudessem comprometer a seguran�a e sa�de dos trabalhadores”.

Ap�s nova vistoria na manh� de nessa quinta-feira, a Defesa Civil manteve a interdi��o da �rea afetada pela queda do guindaste na obra do est�dio, que ser� palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.

As causas do acidente est�o sendo apuradas pela Pol�cia T�cnico Cient�fica, que tem prazo de 30 dias para apresentar o laudo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)