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Estado de Minas

Operador de guindaste no Itaquer�o trabalhava h� 18 dias seguidos, aponta minist�rio

Funcion�rio cumpriu horas extras diariamente; acidente provocou a morte de duas pessoas


postado em 10/12/2013 15:34 / atualizado em 10/12/2013 16:26

(foto: Reuters)
(foto: Reuters)
O Minist�rio do Trabalho e Emprego informou nesta ter�a-feira que Jos� Valter Joaquim, operador do guindaste que tombou no �ltimo dia 27 no Est�dio do Corinthians, trabalhava h� 18 dias seguidos, tendo cumprido horas extras diariamente nesse per�odo. Na avalia��o do superintendente do minist�rio em S�o Paulo, Luiz Antonio Medeiros, embora seja legal o cumprimento de duas horas a mais de trabalho por dia, � necess�rio limit�-las especialmente nos casos em que o estresse do trabalhador possa representar risco � seguran�a. O acidente provocou a morte de dois oper�rios. "Devido � rapidez da obra, todo o dia aqui tem duas horas extras por dia. Estava conversando com a Odebrecht [construtora respons�vel pela obra] no sentido de dar uma limitada nisso", declarou Medeiros, ap�s fazer uma vistoria no est�dio na manh� de hoje. Ele esclareceu ainda que o trabalho por um per�odo ininterrupto � legal. "N�o sei o que a empresa combinou com eles [funcion�rios], se esses 18 dias eram compensados, banco de horas, n�o sei, mas achamos que h� exaust�o para uma pessoa que opera um mecanismo t�o delicado", disse. O operador de guindaste � funcion�rio da Locar, empresa contratada pela Odebrecht para operar esse tipo de equipamento. A reportagem telefonou para a assessoria de imprensa externa da terceirizada por meio do n�mero informado pela pr�pria empresa, mas n�o conseguiu retorno at� o momento. A Odebrecht informou que ir� se pronunciar por meio de nota at� o final da tarde. Durante a vistoria, a superintend�ncia iniciou a inspe��o dos nove guindastes que foram interditados pelo �rg�o um dia depois do acidente. Os testes incluem, por exemplo, a verifica��o do peso suportado pelo equipamento. "A m�quina levantou 10 toneladas, ent�o queremos ver se os rel�gios est�o marcando exatamente esse valor", explicou. A equipe do minist�rio chegou ao local por volta das 9h30 e, at� as 14h30, quatro guindastes haviam sido vistoriados. O balan�o da inspe��o ser� divulgado ao final do dia. A expectativa � que at� o dia 16 todas as m�quinas estejam liberadas, inclusive a grua quebrada, que ainda est� no local. Medeiros informou que, al�m da libera��o dos equipamentos, a Odebrecht dever� firmar uma acordo com o minist�rio sobre horas extras, condi��es de trabalho e seguran�a. "Para n�s termos a garantia de que nada vai ocorrer no futuro. A empresa vai ter que assinar um compromisso conosco", disse o superintendente. A construtora prepara o plano que indicar� como ser� retirada a pe�a da cobertura que tombou no dia do acidente e destruiu cerca de 10% do est�dio. "N�s temos especialistas fazendo estudos para a remo��o daquela pe�a de 420 toneladas. � um processo que envolve uma t�cnica apurada. � um documento que est� em elabora��o e assim que concluirmos vamos apresentar aos �rg�os competentes", explicou o gerente comercial da Odebrecht, Ricardo Carragio. O mesmo documento foi solicitado pela Defesa Civil, que interditou a �rea do acidente, para autoriza��o de obras emergenciais no local. Enquanto isso, a empresa n�o pode dar continuidade �s obras. As atividades nas demais �reas foram retomadas no dia 2. "Trata-se de um plano que traga seguran�a para a m�o de obra, porque desmontar uma m�quina dessa n�o � f�cil. Pode ter acidente ou alguma coisa. Temos que ter um plano aprovado tamb�m pelos t�cnicos do MTE", explicou Medeiros. O plano de remo��o do guindaste, por sua vez, j� foi entregue e aguarda avalia��o dos t�cnicos do MTE. O Itaquer�o, como � conhecido, sediar� a abertura da Copa do Mundo de 2014 e mais cinco jogos da competi��o, em junho do pr�ximo ano. Antes do acidente, a previs�o para finaliza��o do est�dio era dezembro deste ano. A entrega ficou para abril de 2014


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