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Estado de Minas

Ministro do STF defende debate sobre a descriminaliza��o da maconha

Lu�s Roberto Barroso defende que jovem sem antecedentes e com pouca quantidade da droga n�o deveria ser preso


postado em 20/12/2013 07:15 / atualizado em 20/12/2013 07:33

Barroso:
Barroso: "Essa � uma droga que n�o torna as pessoas antissociais" (foto: Carlos Humberto/SCO/STF )

O ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou que jovens sem antecedentes criminais sejam mandados para a cadeia por porte de pequenas quantidades de maconha. Ele observou que ao sair da pris�o essas pessoas ficam “escoladas” no mundo do crime. Por isso, o ministro defendeu a import�ncia do debate sobre a descriminaliza��o da droga, esclarecendo que o Judici�rio n�o tem poder para mudar a lei.

O coment�rio foi feito durante o julgamento de habeas corpus propostos por dois presos por tr�fico de drogas que pediam a redu��o da pena que cumprem: “Diante do volume de processos que recebemos, cheguei � constata��o, que me preocupa, de que boa parte das pessoas que cumprem pena por tr�fico de drogas s�o pessoas pobres que foram enquadradas como traficantes por portar quantidades n�o significantes de maconha. E minha constata��o pior � que jovens, negros e pobres entram nos pres�dios por possuir quantidades n�o t�o significativas de maconha e saem escolados no crime. O debate p�blico sobre descriminaliza��o � menos discutir op��o filos�fica e mais fazer escolha pragm�tica”.

O ministro considerou que boa parte dos presos por porte de maconha n�o s�o perigosos: “Eu n�o vou entrar na discuss�o sobre os malef�cios maiores ou menores que a maconha efetivamente causa. Mas � fora de d�vida de que essa � uma droga que n�o torna as pessoas antissociais. Tenho essa compreens�o de que boa parte dos presos do pa�s incriminados com maconha s�o pessoas n�o perigosas”.

Barroso lamentou o poder dado aos traficantes nas comunidades mais pobres, que muitas vezes substituem o poder p�blico na administra��o. “Tenho a preocupa��o de reduzir o poder que a criminaliza��o d� ao tr�fico e a seus bar�es nas comunidades mais pobres do pa�s, especialmente na minha cidade de origem, o Rio. A criminaliza��o fomenta o submundo, d� poder pol�tico e econ�mico aos bar�es do tr�fico, que oprimem as comunidades, porque oferecem remunera��es maiores que o Estado e o setor privado em geral”, afirmou.

Um dos presos que tiveram recurso analisado pelo STF portava 0,6 grama de crack. O outro estava com 70 pedras da droga. Em seu voto, Barroso permitiu a diminui��o da pena para o primeiro preso, mas n�o para o segundo, devido � quantidade traficada. A maioria dos ministros votou da mesma forma. “N�o estando a meu alcance e desse tribunal modificar a legisla��o, minha op��o � pela aplica��o menos dura dessa legisla��o”, concluiu Barroso.


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