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Estado de Minas

Preso do Maranh�o liga para r�dio para reclamar da a��o da PM em Pedrinhas

Segundo o detento, policiais est�o maltratando os internos. PMs estaria misturando as comidas levadas por familiares


postado em 14/01/2014 20:31 / atualizado em 14/01/2014 20:59

Na mesma manh� em que advogados de um grupo ligado aos direitos humanos apresentava um pedido de impeachment contra a governadora do Maranh�o, Roseana Sarney (PMDB-MA), um preso ligou para um programa de r�dio da capital maranhense para reclamar do tratamento que a Pol�cia Militar os estava submetendo. Os dois fatos aconteceram na manh� desta ter�a-feira.

O presidi�rio, que n�o se identificou, ligou para o programa de Silva Alves, na r�dio Difusora AM, e reivindicou a sa�da dos homens da Pol�cia Militar de uma das unidades do Complexo de Pedrinhas. Segundo o detento, h� maus-tratos.

"N�o t�m a m�nima considera��o pelo que a fam�lia da gente traz", relatou, ao afirmar que na revista durante as visitas, os militares misturam sucos de v�rios sabores levados pelos familiares. Na ocasi�o, o preso tamb�m confirmou que h� presidi�rios fazendo greve de fome como forma de pressionar para que a PM deixe o pres�dio.

Protocolo

Na mesma manh�, o advogado Murilo Henrique Morelli, representante do Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu), na capital maranhense, protocolou na Assembleia Legislativa estadual o pedido de afastamento da governadora. Ele entregou os documentos deputado estadual Othelino Neto (PCdoB-MA), que faz parte da bancada de oposi��o ao governo estadual e est� representando a Comiss�o de Recesso da AL-MA.

O Cadhu pede que a presid�ncia da assembleia determine, em 15 dias, a cria��o de uma comiss�o especial com o objetivo de emitir parecer sobre a den�ncia pelo crime de responsabilidade, com pedido de perda do cargo e de direitos pol�ticos.

"A estrat�gia � provocar, mesmo sabendo da maioria que goza o governo Sarney. N�o sei at� que ponto a opini�o p�blica compactua com essa maioria. Eu acho que os deputados n�o v�o fugir ao dever de apurar. A gente acredita que esse movimento vai contribuir para que o sofrimento nas pris�es do Maranh�o diminua", disse Morelli ao portal G1 logo depois de entregar os documentos.

Ele tamb�m afirmou que a��es id�nticas podem ser protocoladas em outros estados que tamb�m tiverem problemas com superlota��o e maus tratos comprovados dentro dos pres�dios.

"N�o � novidade que o sistema prisional � falido. A diferen�a � que a Roseana foi alertada internacionalmente sobre isso. O Maranh�o � um ponto fora da curva. A quest�o � que todos v�m acompanhando uma relativa conten��o da viol�ncia nos pres�dios no Brasil inteiro e o Maranh�o est� em situa��o oposta", afirmou o advogado.

O advogado maranhense Nonato Masson, que faz parte da Comiss�o de Direitos Humanos da OAB-MA, acompanha Morelli em S�o Lu�s. Para Masson, a maioria da sociedade maranhense quer o impeachment, mas n�o disse se existem dados oficiais que comprovem o fato.

"N�s estamos h� muito tempo denunciando esse caos que se agravou nesse governo. H� uma omiss�o do governo do Estado, que vinha tendo as informa��es para investigar e garantir que esses eventos n�o ocorressem. N�o garantiu, portanto, se omitiu", concluiu o advogado maranhense.

Engano

Ainda no final da manh� desta ter�a, a Pol�cia Militar chegou a anunciar que havia prendido um "pastor evang�lico tentando entrar com uma serra escondida nos sapatos" no pres�dio de Pedrinhas. Jos� Lu�s Sousa Nery, 35 anos, faz um trabalho de evangeliza��o h� dois anos em Pedrinhas e havia ido � pris�o renovar a licen�a para continuar o trabalho de evangeliza��o e foi flagrado com um objeto de metal com cerca de 5 cm de comprimento no sapato.

A princ�pio identificado como uma serra, o objeto foi descartado como l�mina. O homem foi encaminhado para o 12º Distrito Policial, delegacia respons�vel pela regi�o de Pedrinhas, mas foi liberado ap�s prestar depoimento. "Ele disse que nem sabia que tinha isso no sapato dele, que � um servo de Deus. N�o sabia nem para que servia o objeto. Ele foi liberado porque n�o apresenta nenhum potencial ofensivo. N�o se tratava de celular, n�o foi fuga, n�o foi evas�o", declarou o delegado Newton Correa.

Esta semana, seis pessoas presas eram mulheres que tinham parentesco com condenados e presos que ainda esperam julgamento. Na �ltima revista noticiada pela Pol�cia foram o apreendidos 20 cartuchos de bala de rev�lver 38, 20 facas, seis celulares, dois carregadores, dois aparelhos DVDs e seis televisores em poder dos presos encarcerados na Central de Cust�dia de Presos de Justi�a (CCPJ), uma das oito unidades do Complexo de Pedrinhas.


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