Shopping no Leblon fecha portas para evitar "rolezinho"

Localizado em um dos bairros mais caros da cidade do Rio, o sofisticado Shopping Leblon, na zona sul, n�o abriu as portas neste domingo (19). O fechamento foi anunciado depois que uma decis�o judicial permitiu a realiza��o de evento chamado "rolezinho" no local. Previsto para o fim desta tarde, cerca de 9 mil pessoas confirmaram presen�a por meio da redes sociais.

Em nota, a administra��o do centro de compras se limitou a dizer que a decis�o de fechar as portas foi tomada para “garantir a integridade de seus clientes, lojistas e colaboradores”, ap�s “tomar conhecimento da mobiliza��o de evento para milhares de pessoas”.

Antes, durante a semana, o shopping tinha conseguido proibir o "rolezinho" na Justi�a, que havia estabelecido multa de R$ 10 mil por pessoa que participasse do evento. A decis�o, no entanto, foi derrubada na noite desse s�bado (18). A desembargadora Regina Lucia Passos determinou que fossem garantidos o acesso e o direito de manifesta��o, e concedeu um salvo-conduto.

A decis�o da desembargadora atendeu ao grupo de advogados que atua em manifesta��es no Rio e tem apoio da Ordem dos Advogados do Brasil. Em nota publicada em uma rede social, o grupo disse que o "rolezinho" � uma pr�tica antiga de jovens nos shoppings e consiste em encontro de confraterniza��o. Agora, os jovens passaram a ser reunir para manifesta��es pol�ticas.

“Essas pr�ticas s�o protegidas pela Constitui��o Federal”, afirma. No mesmo comunicado, o grupo Habeas Corpus, que se apresenta como advogados reunidos para “defender os princ�pios do Estado de Direito, especialmente o direito de livre reuni�o e livre manifesta��o do pensamento, base da democracia”

Ontem (18) dezenas de pessoas se encontraram para um "rolezinho" no Shopping Plaza, em Niter�i, na regi�o metropolitana do Rio, que fechou as portas no fim da tarde, por causa do evento. N�o houve saques ou atos de vandalismo, e nenhuma pessoa foi detida, segundo a Pol�cia Militar.

Durante a semana, a Secretaria Estadual de Seguran�a P�blica declarou n�o se opor ao encontro de jovens em centros de compras e que n�o estabeleceu abordagens nas ruas e em �nibus para coibir a pr�tica. Na ocasi�o, o secret�rio Jos� Mariano Beltrame disse que “o rolezinho n�o � crime” e que a seguran�a nas �reas internas dos shoppings deve ser feita por seguran�a privada.