O governo do Maranh�o informou, em nota, que a morte do detento J� de Sousa Nojosa, na madrugada desta ter�a-feira na Central de Cust�dia de Presos de Justi�a de Pedrinhas (CCPJ), em S�o Lu�s, pode ser uma rea��o � transfer�ncia de presos para pres�dios federais.
Nojosa foi encontrado morto na CCPJ pendurado por uma “tereza” (corda feita com len��is). De acordo com informa��es da pol�cia, a suspeita � que o crime tenha sido homic�dio, pois o preso apresenta sinais de agress�o.
A morte ocorreu horas ap�s as primeiras lideran�as de fac��es criminosas, que disputam o controle do narcotr�fico no Maranh�o, serem transferidas para pres�dios federais de seguran�a m�xima.
Na �ltima quinta-feira (16), houve tumulto no CCPJ. Segundo a Secretaria Estadual de Justi�a e Administra��o Penitenci�ria (Sejap) do Maranh�o, soldados da Pol�cia Militar e do Grupo Especial de Opera��es Penitenci�rias (Geop) foram acionados e conseguiram conter a a��o de presos de um dos blocos da Central de Cust�dia de Presos de Justi�a (CCPJ).
Ontem (20), o Minist�rio P�blico do Maranh�o denunciou sete acusados de organizar e participar do ataque a um �nibus no dia 3 de janeiro, em S�o Jos� de Ribamar, na regi�o metropolitana de S�o Lu�s. Cinco passageiros do �nibus ficaram gravemente feridos, entre eles a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois.
Na manh� desta ter�a-feira, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, recebeu representantes de organiza��es de defesa dos direitos humanos para discutir o pedido de interven��o federal no Maranh�o e a federaliza��o dos crimes ocorridos no Complexo Penitenci�rio de Pedrinhas. O pedido foi feito pelas organiza��es n�o governamentais Justi�a Global, Conectas e Sociedade Maranhense de Direitos Humanos. O grupo acredita que isto possibilitar� investiga��o mais r�pida e independente.
Segundo dados do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), 60 detentos foram mortos em Pedrinhas ao longo de 2012. Al�m disso, a superlota��o das celas e a infraestrutura prec�ria s�o alvo das cr�ticas de detentos, parentes dos presos e de organiza��es de defesa e promo��o dos direitos humanos que apontam o fracasso do estado na meta de ressocializar os prisioneiros.