Dire��o do Denarc diz que a��o na Cracol�ncia � 'rotina'

A diretora do Departamento Estadual de Preven��o e Repress�o ao Narcotr�fico (Denarc), Elaine Biasoli, negou que seus policiais fizeram uma opera��o surpresa ontem na Cracol�ndia, disse que a a��o foi "leg�tima", e descartou o uso de balas de borracha no confronto com usu�rios de drogas.

"N�o � uma a��o surpresa da Pol�cia Civil, do Denarc. � uma a��o rotineira, uma a��o di�ria, que fazemos todos os dias. Onde tiver den�ncia de tr�fico o Denarc vai estar presente", afirmou a delegada, que assumiu a dire��o do departamento h� cerca de dois meses. Segundo ela, desde dezembro, 65 traficantes j� foram presos apenas na Cracol�ndia

Elaine disse que s� houve confronto porque os tr�s policiais que estavam no local em uma viatura descaracterizada investigando um traficante que atua na regi�o foram "recebidos a pauladas" quando tentaram prend�-lo em flagrante. "Foi muito r�pido. Vieram todos para cima do policial, quebraram a viatura, e o outro que estava junto foi correndo no r�dio e chamou refor�o", contou a delegada. Segundo ela, 24 policiais do pr�prio Denarc foram socorrer os colegas usando apenas bombas de efeito moral.

"O Denarc n�o possui bala de borracha. N�s temos, sim, muni��o antimotim. Ningu�m vai dar tiro l�. Os policiais estavam com arma sem muni��o, justamente para intimidar", disse.

Presos. Elaine afirmou que quatro traficantes foram presos e cerca de 30 pessoas foram detidas para averigua��o. Tr�s policiais ficaram feridos, com escoria��es pelo corpo. Ela n�o informou os nomes dos presos e disse que aguardava o laudo do Instituto de Criminal�stica (IC) para saber a quantidade de drogas apreendida com os presos.

Na sede do Denarc, na regi�o central, uma mulher disse que seu marido, o vendedor Jos� Am�rico Gomes de Novaes, de 40 anos, foi detido porque estava filmando a a��o policial com um celular. "Ele estava l� para comprar roupa e foi preso", afirmou. O Denarc informou no in�cio da noite que ainda estava ouvindo os detidos.

A diretora do departamento disse que tinha conhecimento pr�vio da a��o de ontem e que n�o viu necessidade de comunicar a Prefeitura de S�o Paulo por se tratar de uma opera��o rotineira da pol�cia. "Eu determinei que se fosse ao local e depois eu fui ao local. Foi tudo dentro da legalidade", disse.

"N�s n�o estamos com esse intuito de atrapalhar, de jeito nenhum o programa (da prefeitura), n�o conhe�o a fundo, deve ser mais social. O meu problema � polcial. O tr�fico de entorpecentes. N�s queremos acabar com o tr�fico na Cracol�ndia, at� para preservar os dependentes, as fam�lias dos dependentes", completou. A delegada afirmou ainda que desconhece a suposta participa��o de investigadores no tr�fico de drogas na Cracol�ndia e que se isso for identificado o caso ser� levado para a Corregedoria da Pol�cia Civil.