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Estado de Minas

Justi�a de Santa Maria pede compreens�o �s fam�lias de v�timas

Inc�ndio ocorrido h� um ano matou 242 pessoas e deixou 620 feridos


postado em 24/01/2014 12:44

Na pr�xima segunda-feira (27), o segundo maior inc�ndio do pa�s completa um ano. O primeiro aconteceu em 1961, em um circo em Niter�i (RJ). A trag�dia na Boate Kiss, que causou a morte de 242 pessoas e deixou mais de 620 feridas, abalou o munic�pio de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O luto ainda marca muitas casas da cidade.

Familiares e sobreviventes reclamam da impunidade e pedem justi�a. Para o presidente da Associa��o dos Familiares de Vitimas e Sobreviventes da Trag�dia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, a dor alimenta o desejo de cobrar das autoridades puni��es aos envolvidos. Desde maio do ano passado, os quatro principais acusados no processo est�o soltos.

O presidente da AVTSM lamenta a demora e ressalta que as autoridades tratam o caso sem a devida aten��o. “N�o � um crime comum, � um assassinato em massa de pessoas que estavam tentando se divertir e suas vidas foram cortadas. Entendemos que as pessoas que fizeram esse fato acontecer s�o assassinos e merecem, sim, puni��o”.

O sentimento � o mesmo para o ex-coordenador-geral do Diret�rio Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alex Monaiar. A seu ver prevalece na cidade uma sensa��o de injusti�a, apesar das pessoas evitarem falar sobre o assunto. “Hoje � uma coisa meio velada, parece que foi para baixo do tapete. A coisa voltou ao normal, mas no interior de cada um, n�o”.

O primeiro promotor de Justi�a Criminal da Comarca de Santa Maria e respons�vel pelos processos criminal e militar, Joel Dutra, pediu a compreens�o dos familiares e amigos. Ele destaca que o Minist�rio P�blico (MP) n�o pode se pautar pelo tamanho da trag�dia e explica que, apesar de a associa��o querer responsabilizar as autoridades do Executivo municipal, os fatos mostram que n�o tem como denunciar criminalmente esses agentes p�blicos.

Ele acrescentou que o MP tem que ser “absolutamente t�cnico” em casos como esse. “N�o posso fazer um julgamento �tico ou moral das pessoas. N�s, do MP, temos a obriga��o de ser os fiscais da lei. Para n�s, seria mais f�cil acusar muitas pessoas e jogar para a Justi�a fazer o filtro".

Para o juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria e respons�vel pelo caso, Ulysses Louzada, � preciso ter cautela para n�o cometer injusti�as. “Pela complexidade do processo, ele tem que demorar um pouco mais que os outros, � natural. N�o � um fato comum. A gente n�o pode atropelar, temos que procurar fazer o m�ximo de justi�a poss�vel.” Segundo ele, at� agora j� foram ouvidas 92 testemunhas e este ano ser�o ouvidas mais v�timas.

A trag�dia de Santa Maria resultou em tr�s processos na esfera criminal, um na Justi�a Militar, envolvendo oito bombeiros e uma a��o por improbidade administrativa contra quatro bombeiros. O principal processo criminal trata dos homic�dios e s�o acusadas quatro pessoas: os s�cios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, que acendeu o artefato pirot�cnico; e o produtor do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Le�o, que comprou os fogos.


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