Na carona dos rolezinhos, que t�m dividido a opini�o de brasileiros, um grupo de 15 pessoas de Bras�lia decidiu criar um movimento, nos mesmos moldes, para mobilizar pessoas dispostas a doar sangue. Apenas na manh� de hoje (25), 20 pessoas conseguiram fazer a doa��o e aumentar o estoque do hemocentro da capital, que tem baixa neste per�odo do ano.
“N�o � uma cr�tica [aos rolezinhos]”, explicou Paula Matos, organizadora da campanha. “Nossa ideia � transformar esse movimento em uma a��o para o bem. Esta � uma �poca de f�rias, muitos doadores tradicionais viajam e os estoques de sangue ficam baixos”, completou.
Segundo Paula Matos, a maior parte das pessoas que aderiu j� tinha doado sangue. Para quem se disp�s � primeira experi�ncia, o grupo organizou informa��es na p�gina do Facebook, baseadas nas orienta��es do hemocentro, e contou com as equipes do pr�prio �rg�o no local.
A campanha atraiu muitos jovens, como o estudante Euler Idelfonso, de 18 anos, que nunca havia doado. “N�o estou com medo. Li as orienta��es”, garantiu, enquanto aguardava sua vez de doar. Ele disse que chamou outros amigos, mas como muitos decidiram sair na noite de ontem (24), n�o puderam participar. “Eu j� queria doar e ontem fez muito frio. Isso me ajudou a ficar em casa e a me preparar”.
De acordo com assessores do hemocentro, apesar de a mobiliza��o ser bem-vinda, as doa��es n�o est�o sendo contabilizadas como resultado de uma campanha. Como o volume de doa��es est� sendo contabilizado como iniciativas individuais volunt�rias, o �rg�o n�o consegue apontar quanto o movimento foi respons�vel por aumentar o estoque de sangue.
No Rio de Janeiro, outro grupo de pessoas organiza movimento semelhante, marcado para o pr�ximo dia 1º de fevereiro. A iniciativa fluminense, em uma p�gina do Facebook, tenta atrair volunt�rios com frases de protesto como Aqui n�o tem discrimina��o e racismo. Os organizadores justificam o rolezinho do Hemorio como um apoio � galera que est� nos hospitais, contra toda forma de opress�o e as doen�as que atingem negros, pobres, brancos ou ricos, especialmente contra "a brutal e covarde a��o di�ria da morte no Brasil e no mundo”.
Para doar, o hemocentro orienta as pessoas a se alimentar bem. O doador precisa ter entre 16 e 67 anos, n�o estar fazendo uso de medicamentos, pesar acima de 50 quilos, ter dormido mais de seis horas, n�o praticar exerc�cios f�sicos ou ingerir bebida alc�olica nas 12 horas anteriores � doa��o.