A realiza��o de grandes eventos, como a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado, a Copa do Mundo, neste ano, e os Jogos Ol�mpicos e Paraol�mpicos, em 2016, levou a Secretaria de Seguran�a do Rio de Janeiro a elaborar um plano de capacita��o dos policiais militares e civis do estado. Desde 2011, cerca de 2 mil agentes fizeram cursos e a expectativa � chegar a 2016 com 4.520 profissionais treinados. A prepara��o envolve coopera��o com pa�ses como a Espanha, Alemanha, Fran�a, os Estados Unidos, o Jap�o, a Argentina e Inglaterra.
“A gente procurou uma s�rie de parcerias com governos de pa�ses que det�m expertise em algumas �reas de interesse, para um aprofundamento maior”, disse o subsecret�rio extraordin�rio de Grandes Eventos da Secretaria de Seguran�a, Roberto Alzir, em entrevista � Ag�ncia Brasil.
“Nos principais eventos esportivos, levamos equipes das institui��es policiais para absorver conhecimento e ver, na pr�tica, como desenvolviam as suas a��es. Fomos tamb�m a Madri, por causa da Jornada Mundial da Juventude, tivemos interlocu��o com profissionais que trabalharam nessa opera��o, que foi de grande valia para n�s, aqui no Rio, durante a Jornada”, contou.
Ainda na Espanha, os policiais brasileiros receberam informa��es sobre a��es de contraterrorismo e eventos de massa, �reas em que, segundo ele, os espanh�is t�m conhecimento aprofundado. Com agentes do FBI, a pol�cia federal norte-americana, os cursos foram nas �reas de intelig�ncia e do sistema de a��es de contraterrorismo. Com a Guarda Costeira americana, foi poss�vel avan�ar em �rea ainda pouco conhecida.
“O sistema de controle de incidentes � uma doutrina que a gente est� absorvendo para os grandes eventos e, principalmente, para o dia a dia da cidade”, disse Alzir, acrescentando que com policiais alem�es, os agentes brasileiros receberam informa��es sobre o esquema de seguran�a empregado na Eurocopa.
Apesar de ter treinamento espec�fico para esses eventos, o subsecret�rio destacou que a capacita��o atende tamb�m �s demandas comuns a situa��es da rotina da cidade e do estado. “� claro que sempre h� uma adequa��o � nossa realidade, � nossa cultura, aos nossos equipamentos, mas � importante para esses profissionais identificar como essas a��es s�o tratadas em outros pa�ses e, com as devidas adequa��es, implement�-las em nossas rotinas operacionais”, analisou.
O subsecret�rio disse ainda que em junho, quando come�ar� a Copa do Mundo, os policiais do Rio estar�o mais preparados do que estavam na �poca da Copa das Confedera��es, no ano passado. Ele explicou que todos os confrontos que ocorreram entre policiais e manifestantes ainda s�o foco de estudos e an�lises. “Todo o procedimento policial est� sendo revisto e estudado e alguns dos cursos tiveram esse enfoque. Tudo isso foi e est� sendo objeto de grande estudo e an�lise por parte das pol�cias, para que a gente chegue � Copa do Mundo de maneira mais qualificada. Estamos fazendo investimentos nos equipamentos e na estrat�gia”, explicou.
Para Roberto Alzir, no entanto, a perspectiva � de que a quantidade e a intensidade das manifesta��es que ocorreram no ano passado n�o se repetir�o durante a competi��o, em junho e julho deste ano. A preocupa��o, segundo ele, continua sendo com rela��o � presen�a de v�ndalos que aproveitam manifesta��es pac�ficas para provocar atos violentos. “Entendemos que durante a Copa do Mundo o ambiente n�o ser� t�o prop�cio � a��o desses v�ndalos como foi em meados do ano passado, e encontrar� uma pol�cia mais bem preparada e com equipamentos mais eficazes”.
A superintendente de Educa��o da Subsecretaria de Educa��o, Valoriza��o e Preven��o da Secretaria de Seguran�a, Luciane Patr�cio, informou que o alcance dos cursos vai se expandir com os contatos entre os policiais que fazem a capacita��o e outros integrantes das corpora��es. Ela informou ainda que em determinados cursos h� tamb�m a presen�a de bombeiros e de guardas municipais. Para Luciane, os profissionais se sentem valorizados ao participar da capacita��o. “ Toda vez que a gente termina um curso a avalia��o � sempre positiva no sentido de demanda por novas turmas e de que a troca de conhecimento foi importante”.