O defensor p�blico Carlos Weis, advogado do estoquista Fabr�cio Chaves, de 22 anos, baleado por policiais militares durante o protesto “N�o vai ter Copa” no s�bado passado, protocolou ontem no 4.º Distrito Policial (Consola��o) o pedido de anula��o do depoimento colhido pela Pol�cia Civil na ter�a-feira no hospital. Weis alega n�o ter sido avisado pelos policiais sobre o relato e que o estoquista n�o tinha condi��es de sa�de para prestar esclarecimentos.
O defensor diz que s� teve acesso ao relato porque foi avisado pelo irm�o da v�tima. “A pol�cia basicamente invadiu a UTI, nem sequer tomou as medidas de higiene necess�rias, e tomou o depoimento sem avisar a defesa e a fam�lia de Fabr�cio”, disse. Weis pediu o agendamento de um novo depoimento quando Chaves estiver melhor de sa�de.O irm�o do estoquista, Gabriel Chaves, disse que o rapaz tinha tomado morfina quando foi ouvido. “Como ele ia conseguir falar direito?”
A secretaria, em nota, disse que Chaves foi ouvido de maneira correta. “A pol�cia cumpriu o ritual legal sem qualquer preju�zo � sa�de e � seguran�a de Chaves. N�o houve qualquer restri��o m�dica para colher o depoimento. O estoquista estava l�cido e se manifestou de forma espont�nea, acompanhado do irm�o e da prima.”
A Santa Casa disse, em nota, que, da parte m�dica n�o havia qualquer empecilho para o relato. “Fabr�cio estava sem seda��o havia mais de 28 horas, estava respirando espontaneamente e n�o estava recebendo qualquer medica��o de suporte circulat�rio ou que pudesse comprometer seu racioc�nio.”
Sa�de
Na tarde de ontem, Chaves deixou a UTI e agora est� internado na enfermaria. Segundo a Santa Casa, ainda n�o h� previs�o de alta. Desde s�bado passado, o estoquista estava internado na unidade ap�s ter sido baleado em uma persegui��o policial, durante ato contra a Copa.
Na vers�o da pol�cia, agentes teriam disparado em leg�tima defesa ap�s Chaves ter amea�ado um dos PMs com um estilete. Entretanto, em depoimento colhido no hospital, Chaves afirmou que s� sacou o estilete ap�s ter sido atingido por um tiro. O secret�rio da Seguran�a P�blica, Fernando Grella Vieira, afirmou ontem que a informa��o fornecida pelo estoquista ser� apurada. “Vai ser levada em considera��o no inqu�rito. Essa e outras provas.” As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.