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Estado de Minas

Coutinho ousou "ao falar de contrastes", diz diretora de escola de cinema


postado em 03/02/2014 13:39

Eduardo Coutinho estabeleceu uma nova forma de pensar e fazer document�rio. A avalia��o � da diretora da Escola de Cinema Darcy Riberiro, Irene Ferraz. Para ela, a obra de Coutinho � um marco na hist�ria do document�rio mundial. "Ele teve uma reflex�o mais profunda sobre n�s mesmos, sobre o que acontecia nas cidades, sobre o povo brasileiro. Ele foi um pensador da antropologia social e ousou falar de constrastes. Ele colocou o povo para falar", disse.

Segundo Irene, Coutinho sempre participava de eventos na escola, mas recusou convites para ser professor. "Ele dizia que isso n�o era para ele".

“� um momento de muita tristeza para a cultura brasileira, para o cinema brasileiro. Sem d�vida ele era um de nossos grandes talentos. N�s s� temos a lamentar”, disse o cineasta SilvioTendler. De acordo com Tendler, a morte de Eduardo Coutinho deixar� “uma lacuna muito grande, ao mesmo tempo em que deixa uma obra que vai continuar sendo vista e discutida. Alguns de seus filmes est�o entre os mais importantes do cinema brasileiro, do cinema como um todo. Ele � um dos artistas brasileiros mais importantes de todos os tempos”.

Para o tamb�m cineasta, Luiz Carlos Barreto, a "morte do Eduardo Coutinho n�o � uma perda apenas para o cinema brasileiro. � uma perda para o cinema mundial. Ele foi, no plano brasileiro e internacional, uma figura revolucion�ria na linguagem do document�rio, porque ele soube introduzir, al�m do simples registro, a dramaturgia. Os document�rios de Coutinho criaram uma escola dramat�rgica para os document�rios. Isso sem contar sua contribui��o nos pensamentos e no movimento pol�tico do Cinema Novo, para construir um cinema de produ��o permanente”, disse Barreto.

Pelo Twitter, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil e o cinema brasileiro perderam “seu maior documentarista”.
Paulistano, Coutinho come�ou sua carreira na fic��o. Nos anos 70, iniciou uma trajet�ria de documentarista ao dirigir uma s�rie de programas para o Globo Rep�rter, da TV Globo. Em 1984, concluiu Cabra Marcado para Morrer, filme que o consagrou internacionalmente. Dirigiu tamb�m Santa Marta: Duas Semanas no Morro (1987), O Fio da Mem�ria (1991), Boca do Lixo (1992), Os Romeiros do Padre C�cero (1994), Santo Forte (1999), Babil�nia 2000 (2000), Edif�cio Master (2002) e Pe�es (2004).

Em junho passado, o cineasta foi convidado, junto com Jos� Padilha, a integrar a Academia de Artes e Ci�ncias Cinematogr�ficas, respons�vel pela premia��o do Oscar.

O cineasta, de 81 anos, foi encontrado morto nesse domingo (2), dentro de casa, no bairro da Lagoa, na zona sul do Rio. O principal suspeito da morte � seu filho, Daniel, que est� sob cust�dia da pol�cia, internado no Hospital Miguel Couto. Segundo a Pol�cia Civil, Daniel esfaqueou o pai e a m�e, Maria das Dores, e depois tentou se matar.

O corpo do cineasta est� sendo velado no Cemit�rio S�o Jo�o Batista e deve ser enterrado �s 16h


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