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Estado de Minas

MPT defende que h� ilegalidades na contrata��o dos profissionais do Mais M�dicos

Minist�rio P�blico do Trabalho ir� pedir isonomia entre os profissionais cubanos e os de outras nacionalidades. Dos 600 d�lares que voltam para o m�dico em Cuba, fam�lia tem direito a apenas 50


postado em 10/02/2014 18:36

Médica cubana presta depoimento no Ministério Público do Trabalho(foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)
M�dica cubana presta depoimento no Minist�rio P�blico do Trabalho (foto: Elza Fi�za/Ag�ncia Brasil)


O procurador do Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT), Sebasti�o Caixeta, reiterou hoje (10), logo ap�s ouvir depoimento da m�dica cubana Ramona Rodriguez, que h� ilegalidades na contrata��o dos profissionais do Programa Mais M�dicos, independentemente da nacionalidade deles. Ramona, que abandonou o programa, apresentou ao procurador o contrato de trabalho assinado entre ela e o governo cubano.

Chamaram a aten��o de Caixeta, relator do inqu�rito, cl�usulas do contrato que exigem que os cubanos do programa n�o se relacionem afetivamente com pessoas de outras nacionalidades e que exigem dos cubanos confidencialidade sobre a atua��o no programa. Durante o depoimento, que durou cerca de uma hora, Ramona tamb�m disse que h� um assessor cubano na capital paraense, estado onde trabalhava, a quem os profissionais da ilha deveriam pedir autoriza��o para sair do munic�pio.

O contrato tamb�m especifica os valores a serem recebidos pelos cubanos. U$ 400 seriam convertidos e pagos mensalmente aos m�dicos, e U$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba. Destes U$ 600, a fam�lia teria acesso mensalmente a U$ 50, e o restante s� poderia ser recebido ao fim do programa.

De acordo com o procurador, o MPT solicitou uma c�pia do contrato feito entre Cuba e a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), �rg�o intermediador do contrato entre Brasil e Cuba, por�m, o Minist�rio da Sa�de alegou n�o ter acesso ao contrato e a Opas tamb�m n�o atendeu ao pedido alegando imunidade de jurisdi��o.

O inqu�rito, que foi aberto em agosto de 2013, investiga as rela��es entre todos os m�dicos do programa, independentemente da nacionalidade, e o governo federal. De acordo com o relator, o projeto � necess�rio para o atendimento do direito fundamental da sa�de, mas ele "est� sendo implementado de maneira a sacrificar outros valores constitucionais".

O procurador reafirmou que a medida provis�ria criadora do programa diz que os m�dicos far�o um curso de especializa��o durante a atua��o e, por isso, receber�o a remunera��o por meio de bolsa de estudos. "Todo contrato est� estruturado no sentido de afastar uma rela��o trabalhista, agora, na pr�tica, essa rela��o de emprego existe"

De acordo com Caixeta, o MPT vai pedir, ao fim do inqu�rito, a isonomia entre os profissionais cubanos e m�dicos de outras nacionalidades, assim como a regularizariza��o da rela��o existente entre todos os profissionais e o governo brasileiro.

At� o fim do m�s o inqu�rito dever� ser conclu�do. Caixeta adiantou que apresentar� um Termo de Ajuste de Conduta, para que o governo possa regularizar a situa��o dos m�dicos extrajudicialmente. Caso a proposta n�o seja aceita, o MPT vai tentar responsabilizar judicialmente a Uni�o.

O Minist�rio da Sa�de diz que est� seguro da legalidade do programa.


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